Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda (Maceió, 23 de abril de 1892 – Rio de Janeiro, 22 de dezembro de 1979), filósofo, sociólogo mas sobretudo jurista. Bacharelou-se em Direito na Faculdade do Recife em 1911, aos 19 anos; no ano seguinte publicou seu primeiro ensaio filosófico; aos 30 anos de idade publicou um clássico de sua carreira de jurista Sistema de Ciência Positiva do Direito; mas a sua maior contribuição aos estúdios jurídicos no Brasil entre cerca de 500 livros, ensaios, opúsculos foi o Tratado de Direito Privado, com 60 volumes, concluído em 1970.
Para Clóvis Ramalhete, consultor-geral da República, Pontes de Miranda foi o maior jurista brasileiro de todos os tempos; acadêmico há nove meses; antes disso candidatara-se a Academia Brasileira de Letras duas vezes: a primeira, quando tinha apenas 26 anos derrotado por Fernando Magalhães -, a segunda quando foi eleita a primeira acadêmica, Raquel de Queiroz em março de 1977; derrotou, em março deste ano, Dinah Silveira de Queiroz.
Pontes de Miranda morreu no dia 22 de dezembro de 1979, aos 87 anos, de enfarte, em sua casa quando tomava o seu café, no Rio de Janeiro.
(Fonte: Veja, 2 de janeiro, 1980 - Ano 24 - N° 10 - Edição 591 - Datas - Editora Abril - Pág; 42)
Eleito em 8 de março de 1979, no Rio de Janeiro, para a cadeira número 7, da Academia Brasileira de Letras (ABL), cujo patrono é Castro Alves, o jurista alagoano Francisco Cavalcanti PONTES DE MIRANDA, aos 87 anos; autor de mais de 160 livros, entre os quais o “Tratado de Direito Privado”, com 60 volumes; ocupará a vaga do também jurista Hermes Lima, morto em outubro de 1978.
Já concorrera duas vezes à ABL, a primeira com apenas 26 anos e a segunda com 85 anos, quando perdeu para Raquel de Queiroz; desta vez, obteve 20 votos, contra 16 dados a Dinah Silveira de Queiroz (prima de Raquel), 1 a Joaquim Inojosa (1901-1987) e 1 em branco; após sua eleição, Austregésilo de Athayde, presidente da ABL, declarou: “A Academia acaba de incorporar ao seu quadro uma das grandes figuras culturais do Brasil.”
(Fonte: Veja, 14 de março de 1979 – Edição 549 - DATAS – Pág; 82)