‘El divo de Juarez’ lançou mais de 50 discos e ganhou Grammy Latino.
Juan Gabriel, o ‘Divo de Juárez’
Alberto Aguilera Valadez (Parácuaro, 7 de janeiro de 1950 – Santa Mônica, Califórnia, 28 de agosto de 2016), cantor e produtor mexicano que usava o nome artístico de Juan Gabriel.
Conhecido pelas suas baladas, Gabriel foi responsável por mais de mil álbuns de platina e multiplatina, e era por muitos considerado como o Elvis Presley mexicano.
Nascido Alberto Aguilera Valadez em 7 de janeiro de 1950, ele gravou mais de 50 discos e trabalhou em filmes e séries de TV. Compositor e intérprete de diversos gêneros, foi um dos músicos mais populares do México nos últimos 50 anos, somando mais de 1.500 discos de ouro e platina.
Segundo a Academia Latina da Gravação, Juan Gabriel vendeu mais de 100 milhões de discos no mundo e contava com mais de 1.500 canções escritas.
Em 2009, ganhou um prêmio de Pessoa do Ano do Grammy Latino. Ele ganhou ainda uma estrela na Calçada da Fama em Hollywood em 2002 e o dia 5 de outubro é o Dia de Juan Gabriel na cidade de Los Angeles, nos EUA.
Juan Gabriel também fez parcerias ou teve músicas gravadas por artistas como Paul Anka, Juanes, Laura Pausini, Fifth Harmony e José Feliciano, entre outros.
O músico estava na Califórnia onde se apresentou nas noites de sexta e sábado em Los Angeles e tinha um show marcado para domingo em El Paso, como parte da turnê “MeXXico es todos”, que promovia seu disco “Vestido de etiqueta”, lançado no dia 12 de agosto.
Juan Gabriel morreu em 28 de agosto de 2016 após sofrer um ataque cardíaco, horas depois de se apresentar na Califórnia. A informação foi confirmada pela coordenadora da Televisa, Mara P. Castañeda. “Com grande tristeza informo que Juan Gabriel, El Divo de Juarez, faleceu em 28 de agosto de 2016, em Santa Mônica, Califórnia”.
O músico tinha 66 anos e sua morte foi lamentada também pelo presidente do México, Enrique Peña Nieto, que escreveu: “lamento a morte de Juan Gabriel, um dos grandes ídolos musicais de nosso país. Minhas condolências a seus familiares e amigos”.
(Fonte: http://g1.globo.com/musica/noticia/2016/08 – MÚSICA – Do G1, em São Paulo – 28/08/2016)
(Fonte: http://www.jn.pt/cultura – JORNAL DE NOTÍCIAS – CULTURA – 28/08/2016)
Juan Gabriel, o ‘Divo de Juárez’
O México perdeu seu Divo de Juárez e o compositor da história sentimental do país nas últimas quatro décadas. Alberto Aguilera Valadez, o cantor e compositor mexicano conhecido como Juan Gabriel, faleceu às 11h30 de domingo depois de sofrer um infarte em sua casa em Santa Mônica, Califórnia. O cantor, de 66 anos, tinha viajado para os Estados Unidos para fazer uma série de concertos de sua turnê MeXXIco es todo em Los Angeles.
Juan Gabriel foi um símbolo da cultura popular mexicana com um dos repertórios mais abundantes de composições em espanhol. Sua origem humilde e sua difícil ascensão à fama inspirou suas canções mais conhecidas. Aguilera Valadez nasceu em Parácuaro (Estado de Michoacán) em 7 de janeiro de 1950. O mais novo de 10 filhos viveu seus primeiros anos na pobreza e depois da morte de seu pai migrou com a mãe para Ciudad Juárez (Estado de Chihuahua). Ali, entrou em uma instituição de cuidados para menores, de onde fugiu aos 13 anos. A partir de então começou um périplo pelas ruas: vendeu produtos de madeira e cantou em bares na fronteira com os Estados Unidos.
Sua vida poderia ter sido destinada ao abandono nas ruas, mas Alberto Aguilera Valadez começou sua carreira em centros noturnos. Aos 21 anos, conseguiu seu primeiro contrato com a gravadora RCA e decolou com uma discografia meteórica que lhe permitiu vender mais de 100 milhões de álbuns em todo o mundo. Algumas de suas canções foram traduzidas para o português, japonês e italiano.
Em 1990, Juanga se tornou o primeiro cantor de música popular a se apresentar no Palácio de Belas Artes, a casa de espetáculos mais importante do México, ao lado da Orquestra Sinfônica Nacional. Entre seu repertório estão músicas como Hasta que te conocí, Así fue, Querida, El Noa Noa e Se me olvidó otra vez. Suas canções passam por vários gêneros musicais que vão desde o ranchero até os boleros, o pop, a salsa e o mariachi. Seu maior sucesso foi Amor Eterno, uma ranchera composta depois da morte de sua mãe em 1974 e gravada em 1990 em um dueto com a cantora espanhola Rocío Durcal.
Juan Gabriel é o compositor mexicano com o maior número de composições musicais registradas —cerca de 1.500 canções. Seus concertos são um carnaval de sons e lembranças: o casal que se apaixona com suas canções e o casal que se separa com elas. No ano passado, apresentou uma série de 16 concertos na Cidade do México para os quais criou espetáculos de mais de duas horas nas quais além de interpretar suas canções mais famosas também dançava.
Sua vida pessoal sempre foi objeto de polêmica nas revistas de fofocas. O cantor teve quatro filhos com uma de suas amantes, mas nunca foram casados. Foi um dos primeiros artistas mexicanos a admitir publicamente sua homossexualidade. Diante da pergunta do jornalista Fernando del Rincón sobre sua orientação sexual em 2002, Juan Gabriel colocou um fim a esta especulação respondendo: “Dizem que o que se vê não se pergunta, filho”. As acusações de abuso sexual contra o cantor também encheram as páginas dos jornais nos anos seguintes, sem que nenhuma delas fosse adiante nos tribunais.
O cantor fez seu último concerto na sexta-feira passada, dia 26, no Fórum de Inglewood em Los Angeles. Na apresentação de mais de duas horas, parecia emocionado e prestou uma homenagem a Durcal, com quem cantou uma série de duetos na década de 80, segundo informa o site dos prêmios Billboard. As crônicas de sua última apresentação falam de um Divo de Juárez “feliz, emocionado, radiante”.
O registro mais fiel de sua vida é a série de televisão Hasta que te conocí, que estreou este ano e na qual o ator colombiano Julián Román interpreta o Divo de Juárez. Román contou em julho a este jornal que o cantor reuniu os produtores em sua casa em Cancún para lhes contar sua vida. Paradoxalmente, o último episódio será veiculado na noite deste domingo, 28 de agosto, na televisão mexicana.
(Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2016/08/28/cultura – BRASIL / CULTURA / Por SONIA CORONA / Twitter México – 29 AGO 2016)