Edith Windsor, histórica militante LGBT americana

(2013) A ativista LGBT Edith Windsor – (AFP/Arquivos)
Americana foi responsável por ação que gerou decisão histórica da Suprema Corte

Edith Windsor, durante entrevista em 2012, em seu apartamento em Nova York – (Foto: Richard Drew / AP/12-12-2012)
Edith Windsor (Filadélfia, Pensilvânia, 20 de junho de 1929 – Nova York, 12 de setembro de 2017), militante LGBT que iniciou uma batalha legal que levou a uma decisão histórica em 2013 da Suprema Corte americana sobre os direitos dos homossexuais
A ativista de direitos LGBT foi responsável pela ação que levou a Suprema Corte dos Estados Unidos a reconhecer pela primeira vez a legalidade de casamentos do mesmo sexo, Windsor teve que pagar US$ 360 mil em impostos quando sua mulher, Thea Clara Spyer, morreu, em 2009. O valor foi cobrado pois a Lei Federal de Defesa do Casamento discriminava o gênero para a formação do matrimônio, excluindo-a das isenções de herança. A ativista, então, entrou com uma ação para ser ressarcida do valor gasto.
A Suprema Corte aceitou o argumento e considerou inconstitucional a lei. A decisão estendeu benefícios federais a casais do mesmo sexo, mas não alterou as leis estaduais. Em 2015 outra decisão do tribunal legalizou o casamento gay em todo o país.
Após a morte de sua primeira esposa em 2009, com quem havia se casado legalmente no Canadá, Edith Windsor reivindicou 363.000 dólares porque uma lei federal sobre o matrimônio a proibia de beneficiar-se do mesmo regime fiscal que o sobrevivente de um casal homossexual.
Apoiada pelo governo de Barack Obama, levou o caso ao mais alto tribunal do país.
A Suprema Corte lhe deu razão em 2013 e declarou inconstitucional a lei federal que estipulava que o matrimônio era a união entre um homem e uma mulher, outorgando assim aos casais homossexuais os mesmos direitos de um casal heterossexual.
Essa decisão estabeleceu as bases para que a Suprema Corte legalizasse o matrimônio gay em todo o país, em 2015.
Edith Windsor morreu em 12 de setembro de 2017, aos 88 anos,
“Edie era a luz da minha vida. Sempre será a luz da comunidade LGBTQ que ela tanto amava e que a amava tanto”, declarou sua esposa, Judith Kasen-Windsor, em comunicado.
O ex-presidente Obama reagiu à sua morte por meio de um comunicado: “Tive o privilegio de falar com Edie há alguns dias e de voltar a lhe dizer até que ponto ela marcou este país que amamos”.
(Fonte: http://istoe.com.br – EDIÇÃO Nº 2491 07.09 – COMPORTAMENTO – AFP – 13.09.17)
(Fonte: https://oglobo.globo.com/sociedade – SOCIEDADE/ POR O GLOBO – NOVA YORK —