Atriz da ‘Nouvelle Vague’ e romancista francesa Anne Wiazemsky, ex-mulher e musa de Godard

Anne Wiazemsky | (Foto: Getty Images)

Anne Wiazemsky (Berlim, Alemanha, 14 de maio de 1947 – Paris, 5 de outubro de 2017), atriz e romancista francesa, ex-mulher e principal inspiração do cineasta Jean-Luc Godard

A neta do Nobel de Literatura François Mauriac estreou no cinema em 1966 com A Grande Testemunha, de Robert Bresson. Foi durante as filmagens que ela conheceu aquele que seria o seu marido por 12 anos. A história que viveram juntos está presente em O Formidável , longa de Michel Hazanavicius baseado no livro Un An Aprés, de Wiazemsky. Na produção selecionada para o Festival do Rio 2017, Louis Garrel e Stacy Martin interpretam o casal.

A atriz francesa era casada com o cineasta Jean-Luc Godard entre os anos de 1967 e 1979, ela foi uma das grandes inspirações do diretor e fez diversos filmes com ele, como A Chinesa (1967), Sympathy for the Devil (1968) e Tudo Vai Bem (1972).

A atriz e romancista francesa Anne Wiazemsky (Foto: Alberto Pizzoli/ AFP)

Entre os sete filmes que Godard e Anne fizeram destacam-se A Chinesa, Sympathy for the Devil e Tudo Vai Bem.

Godard era 17 anos mais velho do que ela. Eles se casaram em 1967 e viveram com particular intensidade os acontecimentos de maio do 68.

Wiazemsky nasceu em 14 de maio de 1947 em Berlim. Era descendente de uma família de príncipes russos no exílio e neta de François Mauriac (Prêmio Nobel de Literatura em 1952).

Aos 19 anos, esta bela ruiva de rosto gracioso, às vezes malicioso, trabalhou sob as ordens de Robert Bresson. Foi imediatamente adotada pelos principais diretores da “Nouvelle Vague”, como aconteceu com outras atrizes, como Anna Karina e Bernadette Lafont.

Com Godard trabalhou em sete filmes até seu divórcio. O primeiro “La Chinoise” (A chinesa), no mesmo ano do casamento, e o último, em 1972, “Tout va bien” (Tudo vai bem), ironicamente coincidindo com o divórcio.

Além disso, filmou com grandes diretores europeus, como Pier Paolo Pasolini (Teorema, Pocilga), André Téchiné (Rendez-vous), Michel Deville (O Libertino) e Pierre Granier-Deferre (O Último Trem), Marco Ferreri (1928-1997) e Alain Tanner, entre outros.

Após ter atuado em seu último filme, o drama Ville étrangère (1988), ela seguiu carreira literária, deixando dois romances publicados Mon Enfant de Berlin (2009) e Un Saint Homme(2017).

Na década de 1980, afastou-se do cinema para dedicar-se à literatura e ganhou importantes prêmios e reconhecimentos, entre eles o Grand Prix da Academia Francesa em 1998 por seu romance “Une poignée de gens”.

A relação que teve com o cineasta ficou imortalizada em 2017 em Le Redoutable, de Michel Hazanavicius, que foi lançado no Festival de Cannes e contou com a presença de Anne.

Já debilitada pela doença em maio, viajou a Cannes (sul) para a apresentação do filme “Le Redoutable”, inspirado em dois redutos de sua autoria.

Em uma dessas obras, ela conta seu relacionamento tumultuado com seu marido, Jean-Luc Godard, diretor da “Nouvelle Vague”, de quem se divorciou em 1972.

Como romancista deixou Mon Enfant de Berlin, publicado em 2009, e Un saint homme, lançado no começo de 2017.

Nascida em Berlim, em maio de 1947, Anne Wiazemsky faleceu em Paris, onde morou grande parte da sua vida, em 5 de outubro de 2017, aos 70 anos, depois de lutar contra um câncer.

(Fonte: https://istoe.com.br – EDIÇÃO Nº 2494 29.09 – CULTURA – AFP – 05.10.17)

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/cinema/adorocinema – DIVERSÃO – CINEMA – ADORO CINEMA / Por Felipe Ribeiro – 6 OUT 2017)

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema – CULTURA – NOTÍCIAS – CINEMA/ Por O Estado de S.Paulo – 05 Outubro 2017)

Anne Wiazemsky, romancista e atriz da “Nouvelle Vague”, ex-mulher e musa do cineasta Godard

Atriz da ‘Nouvelle Vague’ e romancista francesa Anne Wiazemsky, ex-mulher e musa de Godard

Neta do Nobel de Literatura François Mauriac estreou no cinema em 1966 com ‘A Grande Testemunha’ (1966), de Robert Bresson

Atriz da ‘Nouvelle Vague’ e romancista francesa Anne Wiazemsky, ex-mulher e musa de Godard

Neta do Nobel de Literatura François Mauriac estreou no cinema em 1966 com ‘A Grande Testemunha’ (1966), de Robert Bresson

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