Vossa Majestade, o Rei Miguel I da Romênia
Seu reinado acabou com abdicação forçada em 1947, após Segunda Guerra Mundial
Miguel I foi o último rei da Romênia, antes da abolição da monarquia.
O rei Miguel I da Romênia (25 de outubro de 1921 – Aubonne, Suíça, 5 de dezembro de 2017), ex-monarca, foi um dos únicos líderes sobreviventes da época da Segunda Guerra Mundial.
O seu reinado aconteceu em dois períodos diferentes: primeiro entre 1927 e 1930 e depois de 1940 até sua abdicação forçada em 1947.
A guerra acabou por “virar” o monarca, que passou a apoiar os aliados, e as tropas soviéticas que avançam na frente leste.
Os soviéticos forçaram-no a abdicar com a abolição da monarquia e Miguel I passou o resto da vida no exílio.
Nascido em 25 de outubro de 1921, ele era o único filho do rei Carol II e da princesa Elena da Grécia e Dinamarca.
Quando assumiu o trono pela primeira vez, o rei — que é descendente da rainha Vitória da Inglaterra — tinha apenas 6 anos de idade. Ele ocupou o trono por três anos, após o seu pai ter fugido com sua amante e renunciado ao direito de ser rei.
Em 1930 Carlos II assumiu o trono da Romênia, substituindo o seu filho Miguel, que tinha apenas nove anos. De regresso ao país depois de ter renunciado ao trono devido a um romance com a filha de um farmacêutico.
Em 1940, Carol II abdicou novamente ao trono, fazendo com que Michael, mais uma vez, se tornasse rei. Em 1947, ele foi forçado a abdicar pelos comunistas.
O antigo monarca partiu para o exílio após ser obrigado a abdicar em 1947 pelos comunistas que chegaram ao poder após a Segunda Guerra Mundial.
Carlos II abandonou o trono em 1940, substituído pelo filho Miguel, e partiu para o exílio. Não mais voltou ao seu país e acabou por se fixar em Portugal, em Estoril, onde viria a morrer a 4 de abril de 1953. Os seus restos mortais estiveram durante 50 anos no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, e só em 2003 foram transladados para a catedral da família real romena, em Bucareste.
Desta forma, viveu 50 anos exilado em Versoix (Suíça) com a sua esposa Ana de Bourbon-Parma, com quem tem cinco filhas, e após a queda do regime comunista em 1989 retornou em 1997 à Romênia, onde recuperou parte de seu patrimônio.
A Miguel Hohenzollern-Sigmaringen foram reconhecidos certos direitos como antigo chefe de Estado, embora a monarquia não tenha sido restaurada na Romênia.
Perdeu a cidadania romena, viveu em Londres e depois na Suíça.
O ex-chefe de Estado, designou em 2007 sua filha primogênita, a princesa Margarida, como sucessora ao trono.
Segundo vários pesquisas, cerca de 30% dos romenos são partidários da volta da monarquia no país balcânico.
Só regressou à Romênia, no fim dos anos 90, para celebrar a Páscoa ortodoxa, já depois de voltar a ser reconhecido como romeno.
Ex-rei Miguel quer que Romênia recupere ‘dignidade e respeito’
O ex-rei Miguel da Romênia, último sobrevivente dos chefes de Estado da Segunda Guerra Mundial, pediu em um discurso diante do Parlamento em 25 de outubro de 2011 que a classe econômica trabalhe para que seu país recupere “dignidade e respeito” no cenário internacional.
“Unidos e junto com nossos vizinhos e irmãos, devemos manter o esforço para voltarmos a ser dignos e respeitados”, declarou Miguel I diante das duas câmaras do Parlamento em um discurso pelo seu 90º aniversário.
“Depois da liberdade e da democracia, os valores mais importantes são a identidade e a dignidade. As elites romenas têm aqui uma grande responsabilidade”, ressaltou.
O ex-soberano, que precisou abdicar em dezembro de 1947 e foi obrigado a viver no exílio até 1992, elogiou os progressos realizados pela Romênia desde a queda do regime comunista, em 1989, citando, entre outras coisas, “a democracia, as liberdades e um princípio de prosperidade”.
Mas Miguel I criticou os dirigentes atuais, repreendendo a tentação de “desdenhar da ética, personalizar o poder e ignorar o papel primordial das instituições do Estado”.
“Chegou o momento de romper definitivamente com os maus costumes do passado. A demagogia, a ocultação, o egoísmo primitivo e o desejo de se agarrar ao poder já não têm mais espaço nas instituições romenas de 2011, lembram muito os anos anteriores a 1989”, lançou.
O discurso do ex-soberano recebeu aplausos durante vários minutos dos parlamentares presentes, que ficaram de pé na grande sala do Palácio do Parlamento, um gigantesco edifício construído nos anos 1980 pelo ex-ditador Nicolae Ceausescu.
O governo estava representado apenas pelo ministro da Justiça, Catalis Predoiu.
Em 2016, a sua família anunciou que Michael sofria de leucemia e de outro tipo de câncer. Por isso, retirou-se da vida pública e passou suas responsabilidades à filha Margareta.
(Fonte: https://veja.abril.com.br/brasil – BRASIL / Por Daniel Mihailescu – 25 out 2011)
(Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia – MUNDO – NOTÍCIA / Por G1 – 05/12/2017)
(Fonte: Zero Hora – Ano 54 – N° 18.953 – 6 de dezembro de 2017 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 33)
(Fonte: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2017/12/05 – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – Bucareste (EFE) – 5 dez 2017)
(Fonte: https://oglobo.globo.com/mundo – MUNDO / POR O GLOBO / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS – BUCARESTE – 05/12/2017)
(Fonte: https://www.publico.pt/2013/04/06/desporto/noticia – DESPORTO – NOTÍCIA – FUTEBOL / POR MARCO VAZA – 6 de Abril de 2013)