Ele era considerado um ícone da cultura nacional e teve várias obras adaptadas como canções
Haïm Gouri, ‘poeta nacional’ de Israel
Cineasta e autor de mais de 20 livros, era conhecido por suas obras sobre o Holocausto
Haim Gouri (Tel Aviv em 9 de outubro de 1923 – 31 de janeiro de 2018), poeta, documentarista e cineasta israelense, conhecido pelas obras sobre o Holocausto e chamado de ‘poeta da criação do Estado de Israel’
Haim Gouri, o poeta israelense que lutou em uma unidade de combate de elite, cobriu o julgamento de Adolf Eichmann (1906-1962) e tornou-se um ícone nacional, famoso por suas obras sobre o Holocausto e conhecido como o “poeta da criação do Estado de Israel”.
Gouri, uma figura histórica de Israel, cobriu para o jornal do Partido Trabalhista, Lamerhav, o julgamento do criminoso nazista Adolf Eichmann, julgado em Israel e condenado à morte em 1961. Dessa reportagem saiu o livro “A Jaula de Vidro”, traduzido em várias línguas, e que contribuiu para a sua notoriedade internacional. Cineasta documentarista, ele fez diversos filmes dedicados ao Holocausto.
Também diretor de documentários, ele fez várias produções sobre o Holocausto. Em seu papel de cineasta documentarista também filmou várias produções dedicados ao Holocausto.
Também era chamado de ‘poeta da criação do Estado de Israel’. Haim Gouri nasceu em Tel Aviv em 1923 em uma família politizada. Seu pai, Israel Gouri, foi um dos fundadores do Mapai, o partido do primeiro chefe de Governo israelense, David Ben Gurión (1886-1973), e foi deputado entre 1948 e 1965.
Com mais de 20 livros publicados, vários deles antologias de poemas. Também era autor de canções populares que se tornaram clássicos.
Ele publicou mais de 20 livros e lutou na guerra árabe-israelense de 1948 e serviu como um oficial de reserva na Guerra dos Seis Dias de 1967. Após o Holocausto, foi enviado para a Europa para ajudar os refugiados judeus a migrar para o que era então a Palestina sob Mandato Britânico.
Foi combatente durante a primeira guerra árabe-israelense, em 1948, e depois em 1967 como oficial da reserva durante a guerra dos Seis Dias.
Vários de seus poemas foram adaptados como música e se tornaram canções populares em Israel. A cobertura do julgamento do criminoso de guerra nazista Eichmann mais tarde tornou-se um livro “Enfrentando a Cabine de Vidro”.
Nascido em Tel Aviv em outubro de 1923, Gouri veio de uma família politicamente envolvida: seu pai era parte do Mapai, partido político israelita, social-democrata, sionista trabalhista, de centro-esquerda e que esteve no poder desde a criação do Estado até 1968, quando se transformou no Partido Trabalhista.
Gouri também foi cineasta documental, e seu filme sobre o Holocausto, “The 81st Blow”, foi nomeado para um Oscar. Ele recebeu o prestigiado Prêmio Israel em 1988. Em 2011, a França o reconheceu como Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras, com por ter traduzido o trabalho de poetas franceses para o hebraico e estudado na Sorbonne.
Também foi autor de canções populares, que se transformaram em clássicos e são ensinadas nas escolas. Ele recebeu diversas láureas, como o prestigioso Prêmio de Israel em 1988. Em 2015, porém, rejeitou um prêmio de arte sionista concedida pelo Ministério da Cultura, criado em resposta ao boicote cultural aos assentamentos israelenses.
Várias vezes premiado, entre eles como o famoso Prêmio Israel, em 1988, Haim Guri, próximo ao ex-primeiro-ministro israelense Isaac Rabin, assassinado em 1995, apoiava a paz com os palestinos.
Gouri, que estava perto de Yitzhak Rabin, primeiro-ministro israelense assassinado em 1995 por um militante ortodoxo, defendeu a paz com os palestinos. Em uma entrevista À AFP em 2002, ele, no entanto, chamou os atentados suicidas palestinos e outras formas de violência na Segunda Intifada de “abominável”. Também reconheceu o sofrimento dos palestinos em 1948, quando milhares fugiram ou foram expulsos de suas casas, mas disse que as lideranças palestinas e árabes escolheram o caminho da guerra.
“Tentei ver a situação com honestidade para minha esposa, filhas e netos”, disse ele na entrevista. “Estou certo de que a única maneira de sair dessa situação trágica é que ambos os lados recebam e tranquilizem o outro de sua legitimidade. Ambos os lados são movimentos legítimos, com direitos legítimos”, afirmou.
A interferência política na literatura fez o popular poeta Haim Gouri, de 92 anos, rejeitar um prêmio de arte sionista concedido pelo Ministério da Cultura, criado em resposta ao boicote cultural aos assentamentos israelenses.
Haim Gouri morreu em 31 de janeiro de 2018, aos 94 anos.
O presidente israelense, Reuven Rivlin, lamentou a morte de um “poeta nacional, um homem que era um lutador e um intelectual”.
O atual primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, considerou que suas poesias eram “parte do patrimônio do Estado de Israel”.
(Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/ArteAgenda/Variedades/Gente/2018/01 – ARTE & AGENDA – VARIEDADES – GENTE – 31/01/2018)
(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia – POP & ARTE – NOTÍCIA / Por France Presse – 31/01/2018)
(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura – CULTURA / POR O GLOBO – 31/01/2018)