Martha Hyer, foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo drama no filme “Deus Sabe Quanto Amei”

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Martha Hyer (1924 – 2014)

 

Martha Hyer (Fort Worth, no Texas, 10 de agosto de 1924 – Santa Fé, Novo México, 31 de maio de 2014), atriz que viveu loiras fatais e doces e foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo drama no filme “Deus Sabe Quanto Amei” (Some Came Running, 1958), no qual interpretou o interesse romântico de Frank Sinatra (“A um Passo da Eternidade”).

Hyer nasceu em 10 de agosto de 1924 na cidade de Fort Worth, no Texas. Seu interesse pelas artes veio desde pequena, estreando no cinema aos 11 anos na aventura “A Mina Roubada” (Thunder Mountain, 1935). Interessada em seguir carreira, fez faculdade de artes dramáticas e, já adulta, conseguiu um contrato com a RKO Radio Pictures para figurar no filme noir “Angústia” (The Locket, 1946), estrelado por Robert Mitchum (“Mensageiro do Diabo”).

Ela demorou a emplacar, passando anos como figurante em filmes B, principalmente do gênero noir, como “Nascido para Matar” (Born to Kill, 1947), “Mulher Desejada (The Woman on the Beach, 1947), “Alma em Sombras” (The Clay Pigeon, 1949) e “O Fugitivo de Santa Marta” (The Lawless, 1950). Além do noir, a jovem atriz também apareceu em vários westerns, como “Morros Trovejantes” (Thunder Mountain, 1947), “Revólveres Fumegantes” (Gun Smugglers, 1948) e “Os Três Mascarados” (Salt Lake Raiders, 1950). Mas os papeis de destaque só vieram nos anos 1950.

O grande impulso de sua carreira aconteceu após seu casamento com o cineasta C. Ray Stahl, que a dirigiu no noir “Oriental Evil” (1951), dando-lhe o desejado protagonismo, como uma americana em Tóquio à procura do traficante de ópio que foi responsável pela morte de seu irmão. O casal ainda colaborou na comédia romântica “Geisha Girl” (1952) e na aventura “The Scarlet Spear” (1954). E embora o casamento tenha terminado em 1954, deu a Hyer o empurrão para deslanchar em Hollywood.

Ela ainda fez mais alguns filmes B, como a comédia “Abbott e Costello Vão para Marte” (1953), mas logo sua sorte mudou. Em 1954, Hyer foi contratada pela Paramount Pictures para interpretar a noiva socialite do playboy vivido por William Holden (“Crepúsculo dos Deuses”) numa das comédias românticas mais amadas de Hollywood.

Tratava-se de “Sabrina” (1954), grande sucesso dirigido pelo mestre Billy Wilder (“Quanto Mais Quente Melhor”). Seu papel a fazia disputar o amor de Holden com a personagem-título (Audrey Hepburn” de “Bonequinha de Luxo”). Só que Sabrina acaba preferindo o irmão (bem mais) velho do playboy, interpretado por Humphrey Bogart (“Casablanca”).

No mesmo ano de “Sabrina”, ela também foi vista em dois filmes noir, “Grito de Vingança” (Cry Vengeance, 1954) e “Não Há Crime Sem Castigo” (Down Three Dark Streets, 1954) e dois westerns, “Rio de Sangue (Battle of Rogue River, 1954) e “A Volta do Renegado” (Wyoming Renegades, 1954). Não lhe faltavam mais ofertas de papeis. Mas a quantidade logo começou a dar lugar para a qualidade das produções.

Em pouco tempo, ela passou a viver a namorada dos grandes galãs (e um palhaço) do cinema: Rock Hudson (“Hino de uma Consciência”, 1957), Tony Curtis (em “Hienas do Pano Verde”, 1957), Jerry Lewis (em “O Delinquente Delicado”, 1957), David Niven (“O Galante Vagabundo”, 1957), Bob Hope (“Férias em Paris”, 1958) e Cary Grant (“Tentação Morena”, 1958).

A consagração veio com o melodrama “Deus Sabe Quanto Amei” (Some Came Running, 1958), que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, pelo papel de uma professora por quem um militar (Frank Sinatra) se apaixona após voltar da guerra.

Hyer fazia o tipo glamourosa e tinha uma certa semelhança com a bela Ingrid Bergman (“Casablanca”). Ela também chegou a ser considerada por alguns figurões de Hollywood a sucessora da estrela Grace Kelly (“Janela Indiscreta”), que abandonou a carreira após se casar com o Príncipe Rainier de Mônaco em 1956.

Por isso, chegou a ser cotada para viver Marion Crane, a vítima que morre a facadas no banheiro do clássico “Psicose” (1960), dirigido por Alfred Hitchcock (“Um Corpo que Cai”). O papel, porém, ficou com outra loira, Janet Leigh (“A Marca da Maldade”). Curiosamente, as duas acabaram trabalhando juntas na comédia “Esposas e Amantes” (Wives and Lovers, 1963), que também foi um grande sucesso de público.

Ela emplacou vários sucessos em 1964: o melodrama “Os Insaciáveis” (The Carpetbaggers), com George Peppard (“Bonequinha de Luxo”), no qual vivia uma garota de programa, a sci-fi clássica “Os Primeiros Homens na Lua” (First Men in the Moon), como a primeira mulher na lua, e um dos melhores filmes da Turma da Praia, “A Praia dos Biquínis (Bikini Beach), como a professora que fica do lado dos surfistas contra os adultos conservadores – além de colocar fogo na casa do amante, no terror “O Homem Sem Face” (Pyro).

E emendou a boa fase com um dos melhores filmes da carreira de John Wayne, o western “Os Filhos de Katie Elder” (The Sons of Katie Elder, 1965), como o interesse romântico do cowboy vingativo, seguido pela aventura “Satã, O Urso Cinzento” (The Night of the Grizzly, 1966), com Clint Walker, e o thriller “Caçada Humana” (The Chase, 1966), cujo elenco incluía “apenas” Marlon Brando, Robert Redford e Jane Fonda. Este filme a viu voltar a ser mera coadjuvante, marcando o fim de sua fase de ouro. Foi também seu último filme de grande estúdio.

Depois de namorar Sinatra, Gene Kelly e, segundo a lenda, até o presidente John F. Kennedy, Hyer se casou em 1966 com o poderoso produtor Hal B. Wallis (“Casablanca” e “Bravura Indômita”), que ela tinha conhecido três anos antes, no set de “Esposas e Amantes”. Os dois ficaram juntos até a morte de Wallis, em 1986, mas, curiosamente, ao contrário do primeiro casamento, a carreira da atriz estagnou após a união.

Após o casamento, ela voltou a fazer filmes B, como a comédia psicodélica de ação “Acontece Cada Coisa” (The Happening, 1967), os terrores “Imagine Mamãe Morta” (Picture Mommy Dead, 1966) e “A Casa das Mil Bonecas” (La Casa de las Mil Muñecas, 1967), este ao lado de Vincent Price, e o thriller “Nunca Beijes um Estranho” (Once You Kiss a Stranger…, 1969). Seu último papel de protagonista foi em “Conspiradores Diabólicos” (Crossplot, 1969), como a vilã no filme de ação que credenciou Roger Moore a virar James Bond no cinema.

Por volta dessa época, porém, a maioria dos seus trabalhos já eram séries de TV. Ela participou de atrações como “A Lei de Burke”, “A Feitceira”, “Couro Cru”, “Rota 66”, “A Família Buscapé”, “O Rei dos Ladrões” e “O Homem de Virgínia”. E foi justamente na TV que ela encerrou sua carreira, num episódio da série “McCloud”, em 1974, aos 50 anos de idade e com mais de 100 produções no currículo.

 

No longa que rendeu sua indicação, ela interpretava uma professora e contracenava com grandes nomes, como Frank Sinatra e Shirley MacLaine. O filme era dirigido por Vincente Minelli.

Hyer também é lembrada por ter sido a noiva de William Holden em “Sabrina” (1954), filme com Audrey Hepburn e Humphrey Bogart. Ela foi casada com o famoso produtor Hal B. Wallis (“Casablanca”, “Relíquia Macabra”) de 1966 até a morte dele, em outubro de 1986.

Ela chegou a ser considerada para o papel de Marion Crane em “Psicose” (1960), de Alfred Hitchcock, mas acabou perdendo o papel para outra loira, a atriz Janet Leigh.

Entre outros de seus trabalhos conhecidos, estão “Hino de uma Consciência” (1957), com Rock Hudson, “Tentação Morena” (1958), com Sophia Loren e Cary Grant, e “Os Filhos de Katie Elder” (1965), com John Wayne.

Martha morreu em 31 de maio de 2014, aos 89 anos, em sua casa em Santa Fé, no Estado americano do Novo México.

 

(Fonte: http://www.tnonline.com.br/noticias/geral/58,269821,10,06 – GERAL – TNOnline – FolhaPress – SÃO PAULO, SP – 10 de Junho de 2014)

(Fonte: http://pipocamoderna.virgula.uol.com.br/martha-hyer-1924-2014/312502 – Vanessa Wohnrath – jun 11 2014)

 

 

 

 

 

 

 

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