Amaral Netto, elegeu-se para oito mandatos com uma única plataforma – instituir a pena de morte

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Amaral Netto: propaganda da ditadura

Fidélis dos Santos Amaral Netto (Niterói, 28 de maio de 1921 – Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1995), jornalista e deputado federal (PPB-RJ). Dono de uma personalidade teatral, elegeu-se para oito mandatos com uma única plataforma – instituir a pena de morte. Cria do governador Carlos Lacerda, que dizia que Amaral “tem todos os meus defeitos e nehuma qualidade”, antes de ingressar na política foi jornalista e roteirista de televisão.

 

Na década de 70 comandou o programa Amaral Netto, o Repóster, que, com patrocínio do Banco do Brasil, fazia propaganda da sobras do regime militar. Ficou, para sempre, com a imagem de porta-voz da ditadura. Criador de casos, em 1988 recebeu 120 cartas de militantes da Anistia Internacional que faziam campanha contra a pena de morte. Enviou a cada um dos missivistas uma carta com a frase “À m… com a Anistia Internacional”.

Amaral Netto faleceu em 17 de outubro de 1995, aos 74 anos, vítima de vários problemas de saúde, se proclamava “imorrível”, no Rio de Janeiro.

 

(Fonte: Veja, 25 de outubro de 1995 – ANO 28 – N° 43 – Edição 1415 – DATAS – Pág: 110)

 

 

 

 

 

 

 

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