Manga foi um dos principais diretores de cinema na época das chanchadas.
Carlos Manga (Rio de Janeiro, 6 de janeiro de 1928 – Rio de Janeiro, 17 de setembro de 2015), diretor de cinema e TV, artista inovou na comédia e na sátira no audiovisual brasileiro
Manga fez carreira no cinema antes de se interessar por televisão e foi um dos principais diretores na época de ouro das chanchadas.
Manga fez sua estreia em um filme dirigido por José Carlos Burle, “Carnaval Atlântida” (1952). Na época, foi responsável por dirigir os números musicais da produção. Ainda na Atlântida, dirigiu “A dupla do barulho”, de 1953, com Oscarito e Grande Otelo no elenco.
Junto com Watson Macedo (1919-1981), foi um dos principais diretores dos anos 1950 da Atlântida, onde esteve à frente de clássicos como “Nem Sansão nem Dalila” (1954), “Matar ou correr” (1954) e “O homem do Sputnik” (1959). Sua estreia foi em um filme produzido em 1952 pela antiga companhia, dirigido por José Carlos Burle (1910-1983): “Carnaval Atlântida” (1952). No total, trabalhou em 32 filmes no cinema.
Só na TV Globo, ele produziu e dirigiu diversos trabalhos, como as novelas “Eterna magia” (2007), “Belíssima” (2006), “Torre de Babel” (1998) e o remake de “Anjo mau” (1997), além de minisséries, entre elas “Agosto” (1993), e os seriados “Sandy & Junior” (1999) e “Sítio do Picapau Amarelo” (2001).
No cinema, comandou mais de 30 filmes. O último foi “Os Trapalhões e o rei do futebol” (1986). “Matar ou correr” (1954), “Guerra ao samba” (1956), “O cupim” (1960) e “O marginal” (1974). Ele teve uma presença fundamental no período de ouro da Atlântida, na década de 1950, e esteve à frente de títulos clássicos da chanchada como “Nem Sansão nem Dalila” (1954) e “O homem do Sputnik”(1959).
Televisão
Na televisão, começou a carreira no início dos anos 1960. Em 1980, foi contratado pela Globo, onde dirigiu a segunda versão do humorístico “Chico City”, de Chico Anysio. Ainda no humor, dirigiu também “Os Trapalhões”.
Manga tornou-se diretor de núcleo e foi responsável pela produção de duas novelas: o remake de “Anjo Mau” (1997), escrita originalmente por Cassiano Gabus Mendes (1929-1993) em 1976 e adaptada por Maria Adelaide Amaral. A segunda novela foi Torre de Babel (1998), de Silvio de Abreu.
Também tem no currículo o programa “Zorra Total” (1999) e as séries “Sandy & Junior” (1999) e “Sítio do Picapau Amarelo” (2001). Em 2004, voltou a trabalhar como diretor artístico na minissérie “Em um só coração”, de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira.
Filho do advogado Américo Rodrigues Manga e de Maria Isabel Aranha, José Carlos Aranha Manga nasceu em 6 de janeiro de 1928, no Rio de Janeiro.
Começou a trabalhar como bancário, porém sua paixão pelo cinema logo o levaria para a indústria cinematográfica, através do cantor Cyll Farney. Foi contra-regra, assistente de montagem, assistente de revelação e, finalmente, diretor. Seu nome artístico foi sugerido pelo então presidente da companhia, Luiz Severiano Ribeiro Júnior (1886-1974).
O diretor morou na Itália onde trabalhou com Federico Fellini. Também foi diretor dos programas de auditório, como o Domingão do Faustão (1989), e de seriados como “Sandy & Junior” (1999) e “Sítio do Picapau Amarelo” (2001).
Veja alguns trabalhos da carreira de Carlos Manga:
Novelas
“Anjo mau” (remake, 1997)
“Torre de Babel” (1998)
“Belíssima” (2006)
“Eterna Magia” (2007)
Minisséries
“Agosto” (1993)
“Memorial de Maria Moura” (1994)
“A Madona de Cedro” (1994)
“Incidente em Antares” (1994)
“Engraçadinha… Seus Amores e Seus Pecados” (1995)
“Decadência” (1995)
“Um Só Coração” (2004)
“Afinal, o que Querem as Mulheres” (2010)
Seriados
“Sandy & Junior” (1999)
“Sítio do Picapau Amarelo” (2001)
Programas
“Domingão do Faustão” (1989)
“Chico City” (1973)
“Os Trapalhões” (1979)
“Zorra Total” (1999)
Cinema
“Carnaval Atlântida” (1952)
“A Dupla do Barulho” (1953)
“Nem Sansão nem Dalila” (1954)
“Matar ou Correr” (1954)
“O Homem do Sputnik” (1959)
“O Marginal”
“Assim era Atlântida”
“A Dupla do Barulho” (1953).
“Nem Sansão nem Dalila” (1954)
“Matar ou Correr” (1954)
“O Homem do Sputnik” (1959)
“O Marginal”
“Assim era Atlântida”
Homenagens
O diretor foi homenageado pelo autor Silvio de Abreu quando completou 50 anos de carreira, em 2006. Ele fez o papel dele mesmo na novela “Belíssima”. Quatro anos mais tarde, participou como ator no seriado “Afinal, o que Querem as Mulheres?”
No seriado “Dercy de Verdade”, Carlos Manga foi personagem. A homenagem ocorreu porque o diretor foi quem levou Dercy Gonçalves para a televisão. No especial ele foi interpretado pelo ator Danton Melo.
Em 2011, o cineasta foi homeanageado com uma estátua no Cine Odeon, no Centro do Rio. Manga foi à inauguração, no dia da premiação do Festival do Rio. Aplaudido de pé, posou para os fotógrafos ao lado da reprodução e também se emocionou ao se referir à nova geração brasileira de cineastas.
“Em uma noite que tantos diretores novos precisam vencer, torço por vocês todos. Continuem tentando, porque não há nada mais lindo no mundo do que você pegar uma criança, que é um filme, e fazê-la chorar, falar e ser aplaudida. É uma profissão maravilhosa”, declarou.
Carlos Manga morreu em 17 de setembro de 2015, aos 87 anos, no Rio de Janeiro.
Repercussão
“O grandioso Diretor Carlos Manga faleceu…Uma honra ter estreado na Tv, no seriado Sandy e Jr sob o comando dele como diretor de núcleo“, postou a atriz Fernanda Paes Leme em sua conta no Twitter.
“Grande, grande, grande Carlos Manga!” publicou o ator Thiago Rodrigues, no Instagram.
Apontado como um homem engraçado e divertido pelos amigos, como a dramaturga Maria Adelaide Amaral, que o define como “um personagem”.
Amigo do diretor, o humorista Renata Aragão lembra que teve a honra de ser dirigido por ele em “Os Trapalhões e o rei do futebol”, de (1981), último filme do diretor, com a participação de Édson Arantes do Nascimento, o Pelé.
(Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/09 – RIO DE JANEIRO –Do G1 Rio – 17/09/2015)
(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/revista-da-tv -17525832#ixzz3m5z2wHyZ – CULTURA – TV – POR O GLOBO – 17/09/2015)
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