Americano morou na casa do russo e publicou livros sobre o compositor
Craft passou quase um quarto de século como amanuense e conselheiro musical do russo. Após a morte de Stravinsky em 1971, aos 88 anos, ele se tornou escritor, intelectual e, como maestro, manteve a chama do amigo acesa. Regeu algumas das orquestras mais consagradas do mundo, incluindo as filarmônicas de Nova York e de Londres, a Sinfônica de Chicago e a Orquestra da Filadélfia.
Embora muitos críticos considerassem impecável a fidelidade de Craft ao compositor, houve quem chamasse as suas interpretações de rígidas demais.
Craft escreveu ainda diversos livros sobre o colega, como “Conversations with Igor Stravinsky” (1959), em que relatava diálogos que teve com o colaborador.
Em 1947, um ano antes de os dois se encontrarem pessoalmente pela primeira vez, Craft escreveu uma carta para Stravinsky pedindo uma partitura de “Sinfonia para Instrumentos de Sopro”. O russo, que estava justamente desenvolvendo uma nova versão da obra, respondeu dizendo que queria estrear o resultado no concerto de Craft. Tempos depois, eles tornaram-se amigos. Craft, inclusive, morou na casa de Stravinsky por mais de duas décadas.
Maestro, pesquisador, escritor e uma das mais controversas figuras da cena musical das últimas décadas, o norte-americano Robert Craft ficou bastante associado à figura do compositor Igor Stravinski, de quem foi assistente durante mais de duas décadas.
Craft também foi responsável pela gravação de obras de autores como Webern, Schoenberg e Varèse, ajudando, nas palavras do compositor David Schiff, a moldar “o gosto musical da segunda metade do século 20”.
Robert Craft morreu em 10 de novembro de 2015, aos 92 anos, em sua casa, no Gulf Stream, na Flórida.
Sua prodigiosa inteligência e erudição marcaram muito uma era da nossa contemporaneidade musical. Resta agora um vazio”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo a compositora brasileira Jocy de Oliveira, que trabalhou com Craft e Stravinski e os acompanhou na viagem que ambos fizeram ao Rio no início dos anos 1960. A estada na cidade, além dos concertos no Teatro Municipal, lembra Jocy.
(Fonte: http://entretenimento.ne10.uol.com.br/literatura/noticia/2015/11/16 – ENTRETENIMENTO – LITERATURA – 16/11/2015)
Do Estadão Conteúdo
(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/musica -18056715#ixzz3wQ0xLQeF – CULTURA – MÚSICA/ POR O GLOBO – 15/11/2015)
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