O primeiro motor elétrico baseado nos supercondutores de alta temperatura

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O primeiro motor elétrico baseado nos supercondutores de alta temperatura

Com menos estardalhaço do que em 1987, quando renderam um Prêmio Nobel de Física (para a dupla Alex Müller e Georg Bednorz, da IBM suíça), as pesquisas com supercondutores continuam produzindo resultados. A meta é sempre a mesma: tirar do forno uma cerâmica capaz de conduzir eletricidade sem perdas a temperaturas cada vez mais altas. Em 1987, o professor Paul Chu, da Universidade de Houston, nos Estados Unidos, obteve supercondutividade a temperatura recorde de menos 175 graus centígrados, trabalhando com o composto de cobre, ítrio e bário usado por Müller e Bednorz.
Em 1988, o mesmo Chu anunciou uma cerâmica supercondutora a menos 159 graus, feita de materiais muito comuns, como bismuto, alumínio, estrôncio e cálcio – o que facilita a sua produção em grande escala.
Pesquisadores do Argonne National Laboratory, nos Estados Unidos, fabricaram o primeiro motor elétrico baseado nos supercondutores de alta temperatura. Trata-se de um prato de alumínio de 20 centímetros, dotado de 24 ímãs, que gira sobre dois discos de cerâmica supercondutora graças aos seus fortíssimos campos magnéticos – o mesmo princípio do projeto Maglev, o trem japonês que flutua no ar. O motor produz uma quantidade de energia ínfima demais para ter algum uso prático.

(Fonte: Super Interessante – Ano 2 – N° 4 – Abril 1988 – Notícias Superinteressantes – Pág; 9)

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