José de Dome (Estância, Sergipe, no dia 29 de novembro de 1921 – Cabo Frio, 15 de abril de 1982), artista plástico sergipano, radicado desde 1966 em Cabo Frio, no Rio de Janeiro.
De origem humilde, era considerado uma das expressões da pintura do Estado.
José Antônio dos Santos nasceu em Estância, Sergipe, no dia 29 de novembro de 1921. Na infância, ganhou o apelido de Zé de Dome. O sobrenome do apelido, Dome, veio de dona Dome, sua mãe, cujo nome verdadeiro era Dometila.
Depois de ter sido gari, servente e pedreiro, resolveu, aos 18 anos, tentar a sorte em Salvador, onde passou a morar numa palafita no bairro da Massaranduba, na Cidade Baixa. Não tinha emprego fixo, era trabalhador avulso, fazendo serviços de pedreiro e até como vigilante noturno em uma serraria, onde passou a morar.
Por um desígnio de Deus, foi na Massaranduba que a vocação artística desabrochou. Em 1943 pintou o primeiro quadro, a igrejinha da Massaranduba. Ainda desconhecido no meio artístico, foi levado para o Rio Vermelho pelo bancário Rômulo Serrano, artista plástico nas horas vagas, que o abrigou em sua própria residência, no Parque Cruz Aguiar, até o Zé se transferir para um quarto no segundo andar do Sobrado de Astério, antigo Hotel Centro Recreativo, no Largo de Santana. Aí também instalou o seu atelier e em 1955 realizou a primeira exposição individual, no Belvedere da Sé, e começou a se firmar como pintor.
Já famoso, José de Dome foi para o Rio de Janeiro em 1965, tendo posteriormente se fixado em Cabo Frio, onde construiu um atelier projetado pelo arquiteto Sérgio Bernardes. Em 28 de maio de 1974 requereu e obteve, por determinação judicial, a mudança do registro civil de José Antônio dos Santos para José de Dome, o nome artístico da consagração nacional.
José de Dome faleceu Cabo Frio, no Rio de Janeiro, em 15 de abril de 1982, aos 61 anos, de enfarte.
Ás 7h30 do dia 15 de abril de 1982, quando saía de casa, em Cabo Frio, para a caminhada que fazia diariamente, morreu de infarto, aos 60 anos. Encontrava-se no ápice da consagração pela crítica, que o colocava entre os grandes pintores brasileiros. Realizou mais de cem exposições individuais e coletivas, no país e no exterior.
(Fonte: Veja, 21 de abril de 1982 – Edição 711 – DATAS – Pág: 122)
(Fonte: http://www.ubaldomarquesportofilho.com.br – Ubaldo Marques Porto Filho – Salvador, maio de 1984)