Considerado o maior arquiteto do século XX, arquiteto dinamarquês foi criador da Ópera de Sydney, um dos marcos da arquitetura mundial
Jorn Utzon (Copenhague, Dinamarca, 9 de abril de 1918 – Helsingor, 29 de novembro de 2008), arquiteto dinamarquês, autor do projeto da Ópera de Sydney – o célebre edifício em forma de conchas encadeadas que se tornou símbolo da cidade australiana. Utzon era um desconhecido quando venceu, em 1957, o concurso feito para escolher o projeto da Ópera. Acompanhou o início da construção, mas a deixou antes do término, pois o governo reclamou do custo da obra, quinze vezes acima do previsto. Utzon nunca a viu pronta.
O arquiteto dinamarquês ficou conhecido por ter projetado a ópera de Sydney, foi considerado um dos arquitetos mais importantes do século XX, e ganhador em 2003 do Prêmio Pritzker, chamado por muitos de o “Nobel” da arquitetura, Utzon nasceu em 9 de abril de 1918 em Copenhague, na capital dinamarquesa mas se mudou ainda pequeno para Aalborg, ao norte da península da Jutlândia, onde passou sua infância.
Durante a Segunda Guerra Mundial, refugiou-se na Suécia e, na Finlândia, chegou a trabalhar ao lado do renomado arquiteto Alvar Aalto (1898-1976).
Em 1957, Utzon venceu o concurso internacional para projetar a ópera de Sydney, mas, por desavenças com as autoridades australianas e construtores, nem chegou a ver a inauguração da casa de espetáculos, abandonando o projeto, que virou ícone da cidade, ainda pela metade.
Em Aalborg foi inaugurado em maio passado um centro de pesquisa dedicado a sua obra, projetado por ele mesmo e por seus filhos Jan e Kim, e que conserva o arquivo pessoal do artista, incluindo obras desconhecidas, rascunhos e desenhos originais.
Formado pela Real Academia de Arte de Copenhague, Utzon foi influenciado no início de sua carreira por duas figuras-chave da arquitetura escandinava, o sueco Gunnar Asplund (1885-1940) e o finlandês Alvar Aalto (1898-1976). Em 1957 ganhou o concurso internacional para construir a Ópera de Sydney, obra que o tornou mundialmente famoso e que é considerada um dos ícones visuais do século passado. Com um orçamento que tinha disparado e seguidos atrasos em sua construção, Utzon, brigado com as autoridades locais, abandonou Sydney em 1966, jurando que nunca voltaria à cidade, assistindo à construção do interior de sua obra prima ser delegada a outros arquitetos, sem respeitar seus planos originais.
No entanto, a passagem do tempo e a insistência do Governo do estado de Nova Gales do Sul, ao qual pertence Sydney, convenceram um idoso Utzon a dirigir há alguns anos um projeto de reforma, que incluía melhoras da acústica e mudanças no interior. A Ópera de Sydney “sintetiza todas suas virtudes como arquiteto e faz com que possamos pensar que o que fazemos pode chegar a estar muito acima do que somos”, disse uma vez o arquiteto espanhol Rafael Moneo, que trabalhou quando jovem no estúdio de Utzon na Dinamarca.
Utzon tinha voltado a morar na Dinamarca há mais de um ano, depois de ter vivido por várias décadas em Mallorca, na Espanha, na qual viveu durante anos com sua mulher. A presença da natureza como fonte de inspiração e sua capacidade de captar a essência em arquiteturas de outras culturas são os principais traços de sua obra, na qual também se destacam a igreja de Bagsvaerd (Copenhague, 1968-76) e o Parlamento do Kuwait (1972-82).
Jorn Utzon faleceu no dia 29 de novembro de 2008, aos 90 anos, de ataque cardíaco, em Copenhague.
(Fonte: Veja, 10 de dezembro, 2008 – ANO 41 – Nº 49 – Edição 2090 – Panorama – DATAS – Pág; 52)
(Fonte: http://internacional.estadao.com.br/noticias/europa – EUROPA/ INTERNACIONAL / por EFE – 29 Novembro 2008)
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada / ILUSTRADA / DA REPORTAGEM LOCAL / Com agências internacionais – São Paulo, 30 de novembro de 2008)
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