Ele foi candidato a deputado estadual nas eleições de 2014
Divaldo Suruagy (Lajedo, Pernambuco, 5 de março de 1937 – Maceió, 21 de março de 2015), ex-prefeito, ex-deputado e três vezes governador de Alagoas
A trajetória política de Suruagy se confunde com a história política recente de Alagoas e culminou com a sua renúncia em meio a uma grave crise político-financeira em 17 de julho de 1997, em uma das maiores mobilizações da sociedade civil organizada.
Histórico
Divaldo Suruagy nasceu no dia 5 de março de 1937. Era natural de Lajedo/PE, bacharel em história e ciências econômicas pela Universidade Federal de Alagoas, foi funcionário público da prefeitura de Maceió onde chefiou a Divisão de Impostos Prediais e Territoriais. Foi presidente da Central de Abastecimento S/A (CEASA) e da Companhia de Silos e Armazéns de Alagoas.
Iniciou sua vida política ainda no governo de Luiz Cavalcanti, onde foi secretário de Fazenda. Foi eleito prefeito de Maceió pelo PSD em 1965, deputado estadual e líder da bancada em 1970, no governo de Afranio Lages (1911-1990).
De acordo com informações do Gabinete Civil, assumiu o governo de Alagoas em março de 1975, por meio de eleição indireta, indicado pelo governo federal. Em agosto de 1978 desligou-se do cargo de governador para disputar uma cadeira na Câmara Federal, tendo sido eleito.
Em 1982, ele assumiu novamente o cargo de governador. Em 1994, ele foi eleito com a maior votação para o cargo no país. Entretanto, no fim do governo enfrentou uma grave crise e atrasou o pagamento dos servidores públicos estaduais por oito meses. Sofreu impeachment e teve que deixar o cargo, o episódio ficou conhecido como o “17 de julho”.
Vida política
Suruagy era filho de Pedro Marinho Suruagy e Luiza de Oliveira Suruagy. Funcionário público municipal junto à Prefeitura de Maceió, trabalhou como servente, auxiliar de escritório e escriturário até se formar em Economia pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em 1959. Ele chefiou a Divisão de Impostos Prediais e Territoriais, bem como foi professor e chefiou a Fundação Educacional. Por fim, chegou ao posto de Secretário-geral do município de Maceió, em 1962.
Presidente da Central de Abastecimento S/A (CEASA) e da Companhia de Silos e Armazéns de Alagoas, tornou-se afilhado político do governador Luiz Cavalcanti, que o nomeou secretário da Fazenda, cargo ao qual abdicou para disputar e ser eleito prefeito de Maceió pelo PSD, em 1965, naquele que seria o último pleito direto durante vinte anos.
Primeiro mandato de governador
Cumprido o seu mandato, ingressou na ARENA e foi eleito deputado estadual em 1970, destacando-se tanto como líder da bancada quanto como líder do governo Afrânio Lages. Tamanho afinco garantiu sua escolha como cargo indicado de governador do estado, “cargo biônico”, pelo presidente Ernesto Geisel em 1974; sua gestão como chefe do executivo assegurou a eleição para deputado federal em 1978.
Segundo mandato de governador
Membro do PDS a partir de 1980, foi eleito governador em 1982 nas primeiras eleições diretas para governadores do país no período da Ditadura Militar e, durante o curso de seu novo mandato, apoiou a candidatura de Tancredo Neves à presidência da República, e, a seguir, ingressou no PFL em 1986, ano em que foi eleito senador.
Terceiro mandato de governador
Em 1994, foi eleito para o seu terceiro mandato de governador, quando já estava filiado ao PMDB. Entretanto, uma situação de grave crise político-financeira forçou sua renúncia ao cargo em 17 de julho de 1997, quando o seu vice-governador Manuel Gomes de Barros, Mano, tomou as rédeas do poder estadual.
Pelo Facebook, o governador Renan Filho (PMDB) lamentou a morte do Suruagy e disse que vai decretar luto oficial de três dias. “Recebo com tristeza a notícia do falecimento do ex-governador de Alagoas Divaldo Suruagy. Meus sinceros sentimentos a seus familiares”, escreveu o governador.
O senador Fernando Collor (PTB) também usou sua página pessoal na internet para prestar homenagens a Suruagy. “Ao lamentar o falecimento do ex-governador Divaldo Suruagy, transmito aos seus familiares o meu sentimento de pesar”, diz parte da nota.
O senador Benedito de Lira (PP) diz que ficou muito triste com a notícia porque ele e Suruagy eram amigos há mais de 30 anos. “Há 20 dias estive na casa dele e ele estava sorridente, mas muito fraquinho. Foi um homem que deu dignidade à política de Alagoas. Sempre que precisei ele me dava conselhos, todos para o bem, nunca para vingança”, lamenta.
O ex-governador Guilherme Palmeira, também pai do atual prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), reforça que Suruagy era um exemplo de político. “Nunca vi Divaldo se dirigir a nenhum adversário. Nunca vi ele com marca de mágoa ou ódio”, relatou.
(Fonte: http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2015/03 – ALAGOAS – NOTÍCIA – Do G1 AL – 21/03/2015)
(Fonte:http://gazetaweb.globo.com – NOTICIA – Por Jobison Barros – 21/03/2015)
(Fonte: Veja, 8 de fevereiro de 1978 – Edição 492 – ALAGOAS – Pág: 26/27)