No dia 12 de fevereiro 1984 - Morre o escritor argentino Julio Cortázar. Escreveu contos e romances, como O Jogo da Amarelinha, nos quais se destacam o relato de situações extraordinárias, surreais, misturadas a fatos da realidade, características do realismo mágico, estilo do qual Cortázar é um dos expoentes.
(Fonte: Correio do Povo - Ano 114 - Nº 134 - Geral Cronologia/ EDUARDO LEONARDI – 12 de fevereiro de 2009 - Pág; 23)
Julio Cortázar, escritor argentino, filho de diplomata, ele nasceu na Bélgica em agosto de 1914. Em 1951, Cortázar se mudou para a França, por discordar do peronismo, e se tornou cidadão francês 30 anos depois, em 1981.
Cortázar começou na literatura com professor. Sua ficção, caracterizada por elementos lúdicos e fantásticos, esteve associada a uma “explosão” de autores latino-americanos de uma mesma geração.
O autor, no entanto, discordava do agrupamento geográfico aplicado aos seus contemporâneos. Considerava que os escritores deveriam ser reconhecidos por suas respectivas obras, não por suas origens.
Entre seus romances e contos, destacam-se: “O Jogo da Amarelinha”, narrativa dividida em capítulos que podem ser lidos de várias formas – o autor propõe uma ordem não-sequencial aos leitores; e “História de Cronópios e Famas”, no qual ele lista em um dos capítulos “instruções” para chorar e subir escadas.
“Os Prêmios”, “As Armas Secretas” e “Todos os Fogos o Fogo” são alguns dos outros livros do autor.
Além da ficção, ele desenvolveu um longo trabalho ensaístico. “A Teoria do Túnel” apresenta seu projeto literário, que buscava unir prosa e poesia.
A veia política também marcou a biografia de Cortázar – ele nunca deixou de manifestar a crença no comunismo e na revolução como forma de solucionar os problemas da América Latina.
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2009/02/502963- ILUSTRADA – Da Folha Online – 12/02/2009)
Nascido em Bruxelas, esse argentino foi professor secundário e universitário na Argentina até optar, em 1951, por viver em Paris. Em mais de vinte livros, em que se misturam conto, romance, teatro e ensaios, dedicou-se a enfrentar a Hidra.
A Hidra é a rotina, o hábito, aquela besta que faz os homens apertar o tubo de creme dental sempre da mesma forma, pegar o ônibus, viver as mesmas coisas.
A arma de Cortázar é um texto onde a vivacidade e o humor se juntam à eficiência na montagem de situações em que se revela o caos escondido atrás de uma ordem consagrada.
Em O Jogo da Amarelinha, de 1963 -, ele esbanja qualificação, praticamente utilizando toda a tecnologia literária moderna para escrever histórias e pequenas reflexões de enganadora simplicidade.
(Fonte: Veja, 5 de janeiro de 1983 – Edição 748 – LIVROS/ Por José Onofre – Pág; 52)
(Fonte: Veja, 27 de agosto de 1969 - Edição 51 - LITERATURA - Pág; 56/57)