Antônio de Carvalho Barbosa, Tony Ramos nasceu no dia 25 de agosto de 1948 na pequena cidade de Arapongas, no Paraná, e mudou-se para São Paulo quando tinha 4 anos. A mãe, divorciada do marido, dava aulas para sustentar o filho único, criado aos cuidados da avó e de dois tios.
A diversão do moleque de classe média baixa era assistir as matinês e imaginar-se na pele de Oscarito, seu ídolo de infância. Quando voltava para casa, repetia para a avó os trejeitos do comediante e ouvia dela uma frase banal que se tornaria uma profecia: esse menino vai virar artista.
Quando completou 14 anos, inspirados em seus ídolos comediantes, inscreveu-se no programa Novos em Foco, na extinta TV Tupi. Foi selecionado e, a partir dali, começou a trabalhar como ator. Fazia enquetes ao vivo de histórias pinçadas de jornais. Seu desempenho chamou a atenção do diretor Cassiano Gabus Mendes, que o indicou para uma novela da emissora. A Outra, em que interpretou o filho do personagem vivido pelo ator Juca de Oliveira.
Nos primórdios, Tony Ramos pegava dois ônibus para chegar até a emissora. Sem saber se aquele ofício lha pagaria as contas, chegou a cursar as faculdades de publicidade, direito e filosofia. Da mãe, sempre ouviu que a vida artística não era das mais seguras e que o sucesso de hoje não garantiria o pão de amanhã. Precavido, tocou a carreira sem impressionar-se com louros e aplausos da crítica. Entre seus pares, Tony Ramos é tido como uma estrela sem deslumbrantes, algo cada vez mais raro no universo da TV e do cinema.
Em 44 anos de carreira na televisão, Tony Ramos atuou em 46 produções, entre novelas, minisséries e especiais. Fez o primeiro nu masculino da televisão brasileira, em 1977, na novela O Astro, e apesar da aparência não exatamente sedutora, tornou-se um dos principais galãs da televisão brasileira.
Tony Ramos é casado com a mesma mulher desde 1969 e nunca foi envolvido em nenhum escândalo de infidelidade conjugal ou algo que o valha. Também não bebe, não fuma e não se tem notícia de que em algum momento de sua vida tenha experimentado drogas.
(Fonte: Playboy N°408 maio 2009 – Editora Abril Entrevista/ Por Adriana Negreiros – Pág; 57/66)