De um lado, os países europeus e os Estados Unidos como exploradores e, do outro, as nações sul-americanas como vítimas. Esse é o cenário de As Veias Abertas da América Latina, deu nova visibilidade a um texto que tornou-se uma das principais referências da esquerda da América Latina desde sua publicação, em 1971.
Uma das obras mais famosas de Eduardo Galeano, o livro é um ensaio sobre cinco séculos de relações desiguais dos colonizadores europeus e também os Estados Unidos com a América Latina como um todo. Galeano analisa como riquezas naturais do continente, como ouro, prata, cacau e algodão, foram exploradas pelos países do Norte desde o descobrimento. A perspectiva esquerdista da análise fez com que governos militares uruguaios, chilenos e argentinos posteriormente proibissem o livro o que não impediu que ele virasse objeto de culto para estudantes, professores, jornalistas e políticos.
Foi um dos primeiros livros a romper a censura. Foi um tipo de revelação. As Veias Abertas da América Latina contribuiu para reforçar a confiança na ideologia latino-americana. As Veias Abertas da América Latina foi publicado em português em 1978.
(Fonte: Zero Hora N° 15.937 Ano 45 Reportagem Especial – 20/04/09 – Pág; 5)