Seydou Keïta, fotógrafa consagrada

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Uma Fotógrafa Histórica

Seydou Keïta, fotógrafa consagrada

Seydou Keita nasceu em 1921 em Bamako (à época capital do Sudão francês). Nunca frequentou a escola e desde a idade de 7 anos tornou-se aprendiza de marcenaria junto do seu pai e do seu tio, o qual, em 1935, lhe ofereceu a primeira máquina fotográfica da sua vida, uma pequena Kodak Brownie.

Em 1939, Seydou já ganha como fotógrafa autodidacta e em 1949 abre o seu estúdio com o apoio familiar, num bairro muito animado de Bamako, perto da estação dos caminhos-de-ferro.

Especializa-se no retrato de encomenda, individual ou de grupo, que realiza essencialmente em 13×18 e em preto e branco, com preferência pela luz natural. A maior parte das tiragens dessa época, ditas hoje “vintage”, são por contacto, no formato do negativo, realizadas por si própria. O papel é caro e difícil de encontrar. A pedido de certos clientes mais abastados, Keyta chega, raramente, a realizar tiragens de 30×40. Muito excepcionalmente os acessórios, principalmente as jóias falsas ou verdadeiras, eram coloridas pelo seu colaborador que se ocupava das molduras.

Seydou Keita o que ama, muito simplesmente, é a fotografia e a sua preocupação é oferecer aos seus clientes a mais bela imagem possível. Na maioria das vezes, a fotógrafa posiciona os seus clientes, em busto ligeiramente em três quartos ou em pé, utilizando como fundo, tecidos com motivos decorativos que vai mudando sucessivamente ao fim de algum tempo, mas com a preocupação de os reutilizar de vez em quando. E foi graças a estes fundos que se tornou possível, em certas situações, datar os seus “clichés”

Com os primeiros lucros da sua actividade, Seydou adquiriu vestuário chique à moda ocidental, assim como acessórios, algum mobiliário, uma telefonia, jóias mas também um automóvel e uma “scooter”, graciosamente postos à disposição dos seus clientes para compor o ambiente envolvente na sua apresentação. Chama-se a isto, a verdadeira vanguarda na actividade que enche o peito de ar de muita gente que se qualifica de produtora. Grande Seydou!

Com toda esta imaginação, a notoriedade de Seydou Keita tornou-se rápida em Bamako, no Mali, e em numerosos países do Oeste Africano. A valorização dos seus temas, maestria do enquadramento e da luz, a modernidade e a criatividade das suas “mises-en-scène” valeram-lhe um imenso sucesso.

A 22 de Setembro de 1960, a República sudanesa proclama a sua independência e Modibo Keyta torna-se o Primeiro Presidente da República do Mali, onde instaura um regime socialista. Em 1962, a pedido das autoridades, Keyta encerra o seu estúdio para se tornar fotógrafa oficial do Governo, cargo que mantém até à sua reforma em 1977.

Seydou Keïta nasceu em 1921, em Bamako (então a capital do Sudão francês), frequenta a escola apressadamente e desde muito cedo, com 7 anos, começa a trabalhar como aprendiz de carpinteiro com o pai e com o tio. Em 1935, justamente o tio, deu-lhe uma primeira máquina fotográfica, uma Kodak Brownie, era o princípio de uma longa história de sucesso que agora o traz a Paris, ao Grand Palais, para uma grande exposição, que ficará até 11 de Julho – Seydou Keïta 1948-1954.

A partir de 1939, já ganhava a vida como fotógrafo autodidacta, e, em 1949, abriu o primeiro estúdio em Bamako. Diríamos que se especializou em retratos, tanto individual ou de grupos, a preto e branco, com uma preferência pela luz natural – na sua maioria chamada de vintage.

Com o primeiro dinheiro que ganhou, decidiu tornar-se chique e comprou roupas ocidentais, um carro e uma scooter, que ele cedia aos seus clientes para pousarem nas fotografias. Rapidamente se tornou famoso para lá das fronteiras de Bamaka e chegou ao Mali e a muitos outros países da África ocidental.

Em 22 de setembro de 1960, a República do Sudão declarou a independência e Modibo Keïta tornou-se o primeiro presidente da República do Mali, que estabelece um regime socialista. Em 1962, a pedido das autoridades, Seydou Keïta fechou o seu estúdio e tornou-se o fotógrafo oficial do governo até à reforma em 1977. Morreu em Paris em 2001.

Sua obra, que abrange um período relativamente curto, oferece um testemunho inigualável das mudanças na sociedade urbana do Mali, que se emancipou da tradição e aspiravam a um certo nível de modernidade, com a descolonização em curso e independência que se aproxima.

Hoje, Seydou Keïta é considerado um dos grandes fotógrafos da segunda metade do século XX, no mesmo plano que retratistas conceituados, como Richard Avedon ou August Sander.

Morre em Paris em 2001.

A sua obra que se desenrola num período relativamente curto, constitui um testemunho inigualável nas mudanças da sociedade urbana maliniana, que se emancipa das tradições, aspira a uma certa modernidade, ao passo que a descolonização está em marcha e que a independência se aproxima.

Seydou Keita é hoje considerada como uma das grandes fotógrafas da 2ª. metade do séc. XX, ao nível dos mais célebres retratistas como Richard Avedon ou August Sander.

Descoberta no ocidente nos inícios dos Anos 90, a partir daí conheceu a celebridade no mundo inteiro e expôs em numerosos museus.

Esta exposição no Grans Palais é a primeira retrospectiva de grande amplitude, já que reúne um conjunto excepcional de cerca de 300 fotografias, onde avultam tiragens n&b modernas, formatos 50×60 e 120X180, assinadas por Keita assim como tiragens de época, únicas.

(Fonte: http://www.mercado.co.ao – Fotografia – 01/04/2016)

(Fonte: http://www.modaemoda.pt – Marionela Gusmão)

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