Gene Kelly, ator e dançarino americano. Protagonista da época áurea dos musicais de Hollywood

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Gene Kelly, astro de ‘Cantando na Chuva’

 

Gene Kelly ao lado de Fred Astaire, Kelly foi um dos expoentes enquanto os Musicais eram o estilo preferido de Hollywood.

Gene Kelly ao lado de Fred Astaire, foi um dos expoentes enquanto os Musicais eram o estilo preferido de Hollywood.

 

O astro do cinema foi o último representante da era dourada dos musicais de Hollywood

Eugene Curran Kelly (Pittsburgh, 23 de agosto de 1912 – Beverly Hills, Los Angeles, 2 de fevereiro de 1996), ator e dançarino americano. Protagonista de algumas das melhores produções da época áurea dos musicais de Hollywood, nos anos 40 e 50, Kelly não tinha a elegância de Fred Astaire, mas virou mito do cinema com filmes como Um Americano em Paris e o antológico Cantando na Chuva, com Debbie Reynolds.

O dançarino, coreógrafo, ator e diretor Gene Kelly é considerado um dos dois maiores dançarinos da história do cinema, junto com Fred Astaire (1899-1987). O ator, bailarino e diretor coreografou e protagonizou filmes famosos como Cantando na chuva e Sinfonia de Paris.

Dançarino prodigioso, tinha um estilo mais rude e acrobático que o do colega e concorrente Fred Astaire, o que o levou a comentar um dia: “Fred representava a aristocracia quando dançava e eu, o proletariado”.

Formado em economia, Kelly acabou abrindo um salão de baile, onde desenvolveu seu estilo. Foi também coreógrafo, cantor e dirigiu alguns filmes, entre eles Hello, Dolly!, de 1969.

Seu maior sucesso foi “Cantando na Chuva” (1952), que ele co-dirigiu (com Stanley Donen), coreografou e estrelou.

Oscar. Em 1951, Eugene Curran Kelly recebeu um Oscar especial por sua trajetória de toda uma vida dedicada à arte de dança e ao cinema. Ao lado de atrizes como Cyd Charisse, Ann Miller e Debbie Reynolds, o bailarino protagonizou algumas das cenas inesquecíveis da história do cinema.

Eugene Curran Kelly nasceu em 23 de agosto de 1912 em Pittsburgh, Pensilvânia, Costa Leste dos EUA. Embora tenha estudado dança desde criança, também se formou em economia.

Seu talento foi revelado pela adversidade. Nascido em Pittsburgh, Pensilvânia, terceiro dos cinco filhos de um casal de classe média, foi obrigado, pelo crack da bolsa de valores de 1929 e a recessão que se abateu nos Estados Unidos, a começar a trabalhar aos 17 anos. “A queda da bolsa me levou aos palcos”, costumava contar Gene. Na infância recebera lições de dança da mãe. Tentou, sem sucesso, as carreiras de jornalista e professor de ginástica. Até que conseguiu um emprego em 1933 como coreógrafo de um grupo de garotos na Associação Cristã de Moços.

Aos 26 anos, resolveu se profissionalizar como dançarino. Foi para Nova York e começou a aparecer em musicais da Broadway. O sucesso no teatro veio logo e, com ele, o convite para estrelar um filme em Hollywood.

Em 1938 debutou no teatro, nas funções de dançarino e diretor-assistente do musical Hold your hats, escrita e produzida por Charles Gaynor. No mesmo ano participou do musical de Cole Porter, Leave it to me. A partir daí outros musicais se seguiram, Idílio em dó-ré-mi, A filha do comandante, entre outros. Em Marujos do amor, Kelly criou alguns dos passos que iriam marcar o seu estilo.

Dançou com uma menininha mexicana, dançou sozinho com tiradas circenses, com o ratinho Jerry, além da parceria com Frank Sinatra na coreografia sobre as camas de lona de um dormitório de navio.

Gene Kelly voltou a vestir o uniforme da Marinha em Um dia em Nova York, uma epopeia de três jovens marujos às voltas com a beleza da cidade e das garotas.

A estreia foi ao lado de Judy Garland em “Idílio em Dó-Ré-Mi” (“For Me and My Gal”, 1942), de Burby Berkeley.

Apesar de ter feito papéis dramáticos e dirigido até um faroeste, a grande contribuição dele à história do cinema foi na dança, como coreógrafo e dançarino.

Seus melhores desempenhos foram sob a direção de Vincente Minelli em “O Pirata” (“The Pirate”, 1948) e “Sinfonia de Paris” (“An American in Paris”, 1951), também coreografados por ele.

Como diretor, o melhor trabalho de Gene Kelly foi “Convite à Dança” (“Invitation to Dance”, 1956), que ganhou o grande prêmio do Festival de Berlim.

Em 1951, ele recebeu um Oscar especial pela seu trabalho como coreógrafo e dançarino.

A idade não o impediu de continuar trabalhando até pouco tempo atrás. Em 1993, ele preparou uma nova coreografia da canção-tema de “Cantando na Chuva” para a excursão mundial da cantora e atriz Madonna.

Em 1985, dirigiu uma antologia de sequências de dança no cinema.

Kelly e seu maior rival pelo título de melhor dançarino da história do cinema, Fred Astaire, apareceram juntos no filme “Isso Também Era Hollywood” (“That’s Entertainment 2”, 1976).

Os estilos dos dois eram muito diferentes: o de Kelly mais energético, criativo, o de Astaire mais clássico, elegante. Kelly dizia que Astaire representava a aristocracia dançando, e ele, o proletariado.

Vida conjugal. O ator e bailarino casou-se três vezes. Sua primeira esposa foi Betsy Blair, com quem teve um filho, Kerry. Casou-se pela segunda vez, com Jeanne Coyne, mãe de seus filhos Bridget e Tim. Sua última esposa foi Patrícia Ward, que o acompanhou até a morte.

Kelly se casou três vezes: com a atriz Betsy Blair, entre 1940 e 1957; com sua assistente Jean Coyne, de 1960 a 1973, quando ela morreu; e com a escritora Patricia Ward, que escreveu sua biografia, desde 1990.

Patricia Ward, 50 anos mais jovem do que Kelly, estava ao seu lado quando ele morreu. Kelly se recuperava de dois recentes derrames cerebrais.

Morreu no dia 2 de fevereiro de 1996, aos 83 anos, em consequência de vários derrames, em Los Angeles.

(Fonte: Veja, 7 de fevereiro de 1996 – ANO 29 – Nº 6 – Edição 1430 – Datas – Pág; 92)

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral – NOTÍCIAS – GERAL / CULTURA / Por Rose Saconi, O Estado de S. Paulo – 02 Fevereiro 2011)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/2/03/mundo – FOLHA DE S.PAULO – MUNDO/ Por CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA  DE WASHINGTON – São Paulo, 3 de fevereiro de 1996)

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