Virginia Cherrill (Carthage, Illinois, 12 de abril de 1908 – Santa Bárbara, Califórnia, 14 de novembro de 1996), atriz americana. Atuou como a florista cega no filme Luzes da Cidade, no qual contracena com Charles Chaplin.
Seu rosto em clone, na sequência final do filme, entrou para o rol das cenas antológicas do cinema. Depois de trabalhar em outros dois filmes, Virginia desistiu da carreira de atriz por achar que não tinha talento suficiente.
Assim que o código de produção cinematográfica foi estabelecido e começou a campanha contra os gays na tela e na vida real, a partir dos anos 30, com a entrada em vigor do Código Hays, que estabelecia a censura prévia dos filmes para eliminar qualquer detalhe que pudesse atentar contra a moral e os bons costumes, a marcação tornou-se ainda mais cerrada.
O caso do astro Cary Grant – um dos maiores ícones masculinos produzidos pelo cinema – é emblemático. Até então, o astro morava com seu namorado, o ator Randolph Scott (1898-1987), outro modelo de machão nas telas. Com a cruzada moralizadora, Grant resolveu casar-se, e casou-se com a atriz Virgina Cherrill (1908-1996). Desde o início, o casamento foi um desastre: Grant, que antes não ligava para nada, tentou o suicídio depois de alguns meses. Libertado pelo divórcio, voltou a morar com Scott. Ao longo da vida, teve cinco mulheres, e algumas nunca esconderam quanto foram infelizes.
Na velhice, ele frequentemente era visto num restaurante com seu velho e bom amigo Scott, de mãos dadas.
Virginia morreu no dia 14 de novembro de 1996, aos 88 anos, em Santa Bárbara, Califórnia.
(Fonte: Veja, 27 de novembro de 1996 – Edição 1472 Datas)
(Fonte: Revista Veja, 15 de dezembro de 2002 – ANO 36 – Nº 2 – Edição 1785 – Livros / Por Marcelo Marthe – “Bastidores de Hollywood” de William J. Mann é um romancista americano, biógrafo e historiador de Hollywood – Pág: 90/91)