Harvey Kurtzman, fundador da revista Mad
Harvey Kurtzman (Nova Iorque, 3 de outubro de 1924 – Nova Iorque, 21 de fevereiro de 1993), foi editor de histórias em quadrinhos, e o criador de Mad, a mais bem-sucedida e irreverente revista de humor americana, que inovou ao satirizar os veículos de comunicação.
Kurtzman começou em 1943 na revista Ace’s Magno e mais tarde trabalhou para os quadrinhos Timely, Hey Look e EC Comics.
A revista Mad, que ele criou, saiu pela primeira vez em 1952.
Ele também foi responsável pelo mascote da revista Mad original, Alfred E. Neuman, e pela personagem de quadrinhos da revista Playboy ‘Little Annie Fanny’.
Kurtzman, um cartunista e historiador da cultura pop que fundou e criou a revista Mad e foi uma referência em várias outras revistas satíricas, começou sua carreira nos quadrinhos em 1943, quando seu trabalho apareceu pela primeira vez em Ace’s Magno. Mais tarde, ele trabalhou na Hey Look e na Timely Comics e, em 1950, mudou-se para a EC Comics, que pertencia a William M. Gaines.
Incentivado por Gaines
O Sr. Kurtzman, que vinha entrevistando veteranos da Guerra da Coreia para histórias em quadrinhos de combate, teve icterícia e decidiu criar algo que pudesse escrever de seu leito de doença.
O Sr. Gaines encorajou a ideia do Sr. Kurtzman para uma revista que mais tarde se tornou Mad e que apareceu pela primeira vez em 1952.
Vários anos depois, Kurtzman saiu para dirigir outra revista, Trump, que era financiada por Hugh Hefner. Ele também criou as revistas Humbug e Help.
Kurtzman foi creditado como a força criativa por trás do mascote do Mad original, o travesso Alfred E. Neuman, bem como da história em quadrinhos “Little Annie Fanny” na Playboy.
Ensino de Contação de Histórias em Desenhos Animados
Kurtzman, que cresceu lendo histórias em quadrinhos de jornais dominicais e ficou obcecado com o gênero, teve seu primeiro cartoon publicado quando tinha 14 anos. Ele freqüentou a High School of Music and Art em Manhattan e foi bolsista da Cooper Union.
Antes de ir para Mad, Kurtzman editou Two-Fisted Tales e Frontline Combat, para a EC Comics. Ambos eram histórias em quadrinhos sérias e bem pesquisadas sobre a natureza e as complexidades morais da guerra. Ele também ensinou histórias em quadrinhos na Escola de Artes Visuais de Manhattan.
Ele escreveu um livro infantil, “Minha vida como cartunista” e “Estranhas aventuras”. Seu último livro, “From Aargh! to Zap!: Harvey Kurtzman’s Visual History of the Comics”, foi publicado em 1991.
Kurtzman faleceu no dia 22 de fevereiro de 1993, aos 68 anos, de câncer no fígado, em sua casa em Mount Vernon, em Nova York. Ele tinha 68 anos.
Byron Preiss, seu editor na Visual Publications Inc., em Nova York, disse que a causa foram complicações de câncer de fígado. O Sr. Preiss descreveu o Sr. Kurtzman como “um dos maiores cartunistas do século 20”.
Art Spiegelman, um amigo que criou os livros “Maus”, vencedores do Prêmio Pulitzer, disse que Kurtzman desenvolveu um novo tipo de humor que mudou a maneira como os Estados Unidos se viam. “Kurtzman’s Mad ergueu um espelho para a sociedade americana, expondo as hipocrisias e distorções da mídia de massa com graça e elegância jazzísticas”, disse ele.
“Ele é nosso primeiro humorista pós-moderno, lançando as bases para humor e sátira contemporâneos como ‘Saturday Night Live’, Monty Python e ‘Naked Gun'”, continuou ele, chamando Kurtzman de “o padrinho espiritual dos quadrinhos underground”.
Ele deixa sua esposa, Adele; três filhas, Cornelia, Elizabeth e Meredith; um filho, Peter, e dois irmãos, Zachary e Dan.
(Crédito: https://www.nytimes.com/1993/02/23/arts – The New York Times/ ARTES/ Arquivos do New York Times – 23 de fevereiro de 1993)
(Crédito: https://www.upi.com/Archives/1993/02/23 – United Press International / ARQUIVOS – NOVA YORK – 23 DE FEVEREIRO DE 1993)
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(Fonte: Revista Veja, 3 de março de 1993 – Edição 1277 – Datas – Pág; 67)