José Leonilson Bezerra Dias, pintor cearense. Um dos expoentes da Geração 80.

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José Leonilson Bezerra Dias (Fortaleza, Ceará, 1º de março de 1957 – São Paulo, 28 de maio de 1993), pintor cearense. Um dos expoentes da Geração 80, Leonilson produzia uma pintura repleta de referências autobiográficas em que predominavam o bom humor, as cores fortes e os bonecos inspirados nas histórias em quadrinhos.

O artista cearense  José Leonilson é, um dos artistas brasileiros contemporâneos de maior presença nos museus internacionais.

Sua obra está presente no MoMA de Nova York, no Centre Pompidou de Paris e na Tate Modern de Londres, ultrapassando o impressionante número de 4 mil obras.

Leonilson deixou cedo o Ceará. Foi com a família ainda garoto para São Paulo, estudou artes plásticas na Faap, mas não concluiu o curso. Isso não impediu que, antes dos 30 anos, já fosse um artista conhecido no meio paulistano por sua originalidade e, principalmente, pela coragem de expor publicamente sua vida pessoal nos trabalhos.

Leonilson aprendeu a bordar com a mãe, recorrendo à técnica artesanal para realizar obras que, a despeito dos temas densos – entre eles, os efeitos da devastação da aids e o sofrimento da sua geração – são de uma delicadeza extrema.

Leonilson escrevia em desenhos e bordava letras ao lado de figuras, como se escrevesse um diário destinado às gerações futuras.

Sua poética, no entanto, vai na contramão da pintura expansiva, neoexpressionista, que emergia na época de suas primeiras exposições, na década de 1980.

Portador do vírus da Aids desde 1991, ele inspirou-se na doença para produzir sua última exposição.

Leonilson morreu no dia 28 de maio de 1993, aos 36 anos, em consequência da Aids, em São Paulo.

(Fonte: Veja, 2 de junho de 1993 – Edição 1290 -– Datas – Pág: 91)

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/artes – 1715259 – CULTURA – ARTES/ Por Antonio Gonçalves Filho – 29 Junho 2015)

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