Felipe Pinheiro, ator, autor e diretor carioca. Um dos fundadores do movimento do teatro besteirol.

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Felipe Pinheiro, ator, autor e diretor carioca. Cronista de situações absurdas do cotidiano e do ridículo natural a que a humanidade tantas vezes fecha os olhos, tinha um humor fino e ferino. No início dos anos 80, foi um dos fundadores do movimento do teatro besteirol, rótulo que ele odiava por considerar pejorativo.
Classificações à parte, Felipe era autor de um teatro divertido e perspicaz, que se traduzia em peças montadas a partir de esquetes, como Bar Doce Bar, A Porta, C de Canastra, The Best – A Besta e A Macaca. Apesar de uma certa timidez, sempre escondida atrás de óculos, Felipe era daqueles tipos que adoram rir da própria vida e não veem limites entre o mundo “sério” e a “brincadeira”. O teatro era a praia de Felipe, o que não o impediu de fazer novelas como Vamp e Olho no Olho, no ar em 1992, ambas da Rede Globo. O ator acumulava também o papel de garoto-propaganda do Unibanco, fazendo um personagem incrédulo com os milagres da informática e da automação bancária.
Felipe morava sozinho e era hipertenso. No último dia 30 de setembro, passou mal e não apareceu nas gravações da novela Olho no Olho, na qual interpretava o personagem Bob Walter. Faltou também a uma apresentação no programa Domingão do Faustão. O corpo do ator Felipe Pinheiro foi encontrado em seu apartamento no dia 1° de novembro, morreu de insuficiência cardíaca, aos 32 anos, no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.

(Fonte: Veja, 10 de novembro, 1993 – Edição 1313 – Datas – Pág; 105)

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