Michal Kovac, 1º presidente democrático da Eslováquia
Democrata-cristão esteve à frente do país entre 1993 e 1998.
Michal Kovac (Bratislava, – Bratislava, 5 de outubro de 2016), o primeiro presidente democrático da Eslováquia,
O democrata-cristão Kovac esteve à frente do país entre 1993 e 1998, justamente após a cisão da Tchecoslováquia, e durante sua presidência se tornou o mais feroz crítico do primeiro-ministro ultranacionalista Vladimir Meciar.
Meciar tentou alinhar o país com a Sérvia de Slobodan Milosevic e Belarus de Aleksander Lukashenko, o que bloqueava sua entrada na União Europeia (UE) e na Otan.
Kovac era economista de profissão e foi membro do Partido Comunista Tcheco, do qual foi expulso em 1970 por não concordar com a invasão da Tchecoslováquia pelas tropas do Pacto de Varsóvia.
Em 1995, durante os anos de tensão com o ultranacionalista Meciar, aconteceu o sequestro de seu filho, nesse momento sujeito a uma ordem de detenção por supostos crimes financeiros, e que teria sido obra dos serviços secretos eslovacos.
Seu filho foi abandonado bêbado na Áustria após ficar desaparecido por um mês, o que foi interpretado como uma manobra para desprestigiar o chefe de Estado.
Esse sequestro nunca foi investigado porque Meciar proclamou uma anistia de todos os crimes relacionados com o fato, após assumir como presidente interino quando o mandato de Kovac expirou em 1998.
Kovac faleceu em 5 de outubro de 2016 aos 86 anos em uma clínica de Bratislava, após sofrer uma parada cardíaca.
Os líderes eslovacos destacaram o papel-chave na transição democrática desempenhado por Michal Kovac.
“Kovac saiu ileso (daquele período) e graças a ele o país não descarrilou, o que nos permitiu nos integrar depois na família europeia de nações e Estados livres”, disse o atual chefe de Estado, o empresário Andrej Kiska.
O primeiro-ministro, o social-democrata Robert Fico, destacou as boas relações profissionais e pessoais com Kovac.
“Tínhamos relações excelentes, tanto no campo profissional como no pessoal. Quero enviar meus pêsames a seus familiares e amigos”, declarou Fico.
(Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/10 – MUNDO – NOTÍCIA – Da EFE – 06/10/2016)