Armindo Marcílio Doutel de Andrade (Rio de Janeiro, 17 de novembro de 1920 – Rio de Janeiro, 7 de janeiro de 1991), vice-presidente nacional do PDT e suplente do senador Darcy Ribeiro do Rio de Janeiro, eleito em outubro de 1990. Era, também, um dos líderes históricos do trabalhismo brasileiro. Orador brilhante, polemista notável, nasceu no Rio de Janeiro, mas se lançou na vida pública em Santa Catarina, onde chegou a ser vice-governador do Estado e por onde se elegeu deputado até 1966, quando o regime militar cassou-lhe o mandato e os direitos políticos. Converteu-se ao trabalhismo durante a campanha presidencial de 1950, que elegeu Getúlio Vargas, e nunca mais se afastou de seu ideário.
Era o líder do PTB na Câmara dos Deputados quando ocorreu o golpe de 1964 e a destituição de João Goulart. Tornou-se uma espécie de porta-voz do presidente deposto, lendo na tribuna os discursos que ele enviava do exílio e por isso foi cassado. Só retornaria a atividade política após a morte de Goulart, em 1976. Foi um dos articuladores da volta de Leonel Brizola do exílio, em 1979, e um dos fundadores do PDT, em 1981.
Armindo Marcílio Doutel de Andrade morreu dia 7 de janeiro de 1991, aos 70 anos, de edema pulmonar, no Rio de Janeiro.
(Fonte: Veja, 16 de janeiro, 1991 - Ano 24 - N° 3 – Edição 1 165 - Datas - Editora Abril - Pág; 62)
Costa e Silva critica Jango
Ainda repercute nos círculos políticos e militares a leitura do manifesto do ex-presidente João Goulart, feita pelo deputado Doutel de Andrade na Câmara.
Em nota oficial, o ministro da Guerra, Arthur da Costa e Silva, disse que a mensagem é uma provocação às Forças Armadas.
(Fonte: Zero Hora – ANO 51 – 27 de agosto de 1964/2014 – HÁ 50 ANOS EM ZH – Pág: 44)