Alberto Migré, pai da telenovela argentina moderna
Alberto Migré (Buenos Aires, 12 de setembro de 1931 – Buenos Aires, 10 de março de 2006), escritor argentino, foi criador de dezenas de novelas radiofônicas e de histórias que cruzaram a América Latina
Alberto, que presidia a Sociedade Argentina de Autores, era considerado o pai da telenovela argentina moderna, iniciou sua carreira no rádio aos 14 anos, quando entrou na Rádio Liberdade de Buenos Aires como ator coadjuvante, também desempenhando tarefas de locutor, produtor e assistente. “Fui um menino que cresceu em um lar onde se escutava rádio o dia todo. Hoje percebo que essa foi minha universidade”, disse em entrevista concedida em 2003.
O salto à televisão aumentou sua fama com sucessos como Rolando Rivas, Taxista, Sem Marido, Uma Voz ao Telefone, Mulheres em Presídio e Pele Laranja. Suas criações são reconhecidas pelas altas doses de romantismo, paixão e melodrama dentro de histórias de amor entre personagens populares, próximos ao público. Alberto Migré tem mais de 700 obras registradas, entre radionovelas, trabalhos para televisão e peças de teatro.
Há três anos recuperou o esquecido gênero da radionovela com o ciclo Permissão Para Imaginar, no qual voltou a dirigir vários dos atores protagonistas de suas bem-sucedidas novelas. O autor, que em 2001 foi declarado Cidadão Ilustre de Buenos Aires, escreveu em 2005 Condenados ao Amor para a televisão mexicana. “Talvez esta seja minha última telenovela”, comentou, na época.
Alberto Migré morreu em 10 de março de 2006, aos 74 anos em sua casa, em Buenos Aires.
(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral – GERAL – CULTURA/ Por Agencia Estado – 10 Março 2006)