Orlandivo, cantor e compositor, ícone do sambalanço

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Autor de ‘Bolinha de sabão’ planejava lançar disco em 2017, celebrando seus 80 anos

 

O cantor e compositor Orlandivo brasileiro - (Foto: Marcos Ramos / O Globo)

O cantor e compositor Orlandivo brasileiro – (Foto: Marcos Ramos / O Globo)

 

Entre seus sucessos estão os clássicos ‘Tamanco no Samba’, ‘Bolinha de Sabão’, ‘Samba Toff’, ‘Onde Anda o Meu Amor’, ‘Vô Batê Pá Tu e Palladium’

Orlandivo Honório de Souza (Itajaí (SC), 5 de agosto de 1937 – Rio de Janeiro, 8 de fevereiro de 2017), cantor, compositor e percussionista, foi um dos três pilares do gênero conhecido como sambalanço (ao lado de Ed Lincoln e Durval Ferreira).

Orlandivo teve como entusiastas de seu trabalho os intérpretes Dóris Monteiro, Jorge Ben Jor, Wilson Simonal, Claudette Soares, João Donato, Elza Soares e Ângela Maria. Entre seus sucessos estão os clássicos Tamanco no SambaBolinha de SabãoSamba ToffOnde Anda o Meu AmorVô Batê Pá Tu e Palladium.

Nascido em Itajaí, Santa Catarina, ele morou um breve período em São Paulo. Depois foi com a família para o Rio de Janeiro, aos 9 anos de idade. Aos 6, travou contato com o primeiro instrumento musical, uma gaita dada pelo pai, que rodava o país e a Europa em navios da Marinha Mercante.

O autor de sucessos como “Vô batê pá tu” e “Bolinha de sabão” começou a carreira no Rio de Janeiro, para onde se mudou com a família aos 9 anos. Suas primeiras composições foram feitas em parceria com Paulo Silvino, ainda nos anos 1950. Em 1962, quando já atuava como crooner da orquestra de Ed Lincoln, ele gravou seu primeiro disco, “A chave do sucesso” – uma referência à sua maneira única de usar o chaveiro como instrumento de percussão.

 

Orlandivo - compacto simples (Foto: Antiguinho /Divulgação)

Orlandivo – compacto simples (Foto: Antiguinho /Divulgação)

 

Chegou a trabalhar na TV (“Chico Anysio Show”, “Balança mas não cai”, “Faça humor, não faça guerra”) e cinema (“Eu transo… Ela transa”, de 1972, e “Como nos livrar do saco”, de 1973). Teve canções gravadas por Simonal, Cauby Peixoto, Ângela Maria, João Donato, Jorge Ben Jor e Elza Soares. Seu álbum mais recente é “Sambaflex”, lançado em 2006.

Inspiração de Jorge Ben Jor no início de carreira, Orlandivo consagrou-se no biênio 1961/1962, período em que reinou absoluto como crooner do conjunto do organista Ed Lincoln. Em 1962, lançou pelo selo Musidisc seu primeiro LP, A Chave do Sucesso, título que fazia alusão a uma característica do compositor, a utilização de um molho de chaves como instrumento percussivo.

Orlandivo é uma das estrelas do livro “Sambalanço, a bossa que dança”, de Tárik de Souza – a pesquisa gerou o documentário homônimo, de Fabiano Maciel em parceria com Tárik.

Orlandivo morreu em 8 de fevereiro de 2017, aos 79 anos, no Rio de Janeiro.

O artista planejava lançar um novo disco, com inéditas, em um show celebrando seus 80 anos, que ele completaria no dia 5 de agosto.

— Há uma semana tivemos um encontro com ele na casa de João Donato, Orlandivo queria mostrar umas músicas inéditas — conta a cantora Amanda Bravo, que prepara um disco dedicado ao sambalanço que incluirá músicas do compositor. — Foi uma tarde supergostosa, ele fez o maior som com João , os dois se divertiram muito. Ele não estava muito bem de saúde, mas ao mesmo tempo estava cheio de planos e criando muito.

(Fonte: Zero Hora – ANO 53 – N° 18.696 – 9 de fevereiro de 2017 – TRIBUTO/MEMÓRIA – Pág: 27)

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/musica – MÚSICA – CULTURA/ Por O Estado de S.Paulo – 08 Fevereiro 2017)

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/musica  – CULTURA – MÚSICA/POR O GLOBO – 08/02/2017)

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