Foi o primeiro pintor britânico que se destacou na pintura de nus e de naturezas-mortas
William Etty (York, 10 de Março de 1787 – York, 13 de Novembro de 1849) foi um artista inglês conhecido pelas suas pinturas de eventos históricos contendo figuras nuas. Etty foi o primeiro pintor britânico que se destacou na pintura de nus e de naturezas-mortas. Nascido em Born in York, saiu da escola com 12 anos de idade para se tornar aprendiz de impressão em Hull. Terminou a sua aprendizagem sete anos mais tarde e foi viver para Londres onde, em 1807, entrou para a Academia Real Inglesa. Nesta escola, foi aluno de Thomas Lawrence e a sua formação teve por base a cópia de trabalhos de vários artistas. Etty foi bem sucedido na Academia, ganhando reconhecimento pela sua capacidade de pintar os tons da pele de forma bastante realista, mas não obteve grande sucesso ao nível comercial ou da crítica.
O Triunfo de Cleópatra de Etty, pintado em 1821, continha muitos nus, e quando foi exibido recebeu boas críticas. O seu sucesso deu origem a uma série de outras pinturas de acontecimentos históricos com nus. À excepção de um, todos os trabalhos exibidos na Academia Real na década de 1820, continha pelo menos um nu, o que o fez ganhar uma reputação de indecência. Apesar deste contratempo, teve sucesso comercial, foi aclamado pela crítica, e nomeado como Acadêmico Real em 1828, na altura a maior honra disponível para um artista. Embora fosse um dos artistas mais respeitados no seu país, continuou a estudar em aulas de desenho anatômico ao longo de toda a sua vida, algo considerado como inapropriado pelos seus pares. Nos anos 1830, Etty começou a trabalhar na área dos retratos, uma área menos respeitada mas mais lucrativa, tornando-se, mais tarde, o primeiro pintor inglês a realizar naturezas-mortas de relevo. Etty continuou a pintar nus masculinos e femininos, o que deu origem a pesadas críticas de alguns elementos da comunicação social da época.
Etty era extremamente tímido, pouco sociável, e nunca casou. Viveu com a sua sobrinha Betsy (Elizabeth Etty) desde 1824 até à sua morte. Mesmo em Londres, Etty manteve o interesse na sua terra-natal York, e teve um papel muito importante no estabelecimento da primeira escola de arte da cidade e na campanha para preservar as Muralhas da cidade de York. Embora nunca tenha deixado a sua fé Metodista, estava profundamente ligado à Igreja Católica Romana e era um dos poucos não-católicos a estar presente na abertura da capela do Colégio de Santa Maria de Oscott, de Augustus Welby Pugin, em 1838.
Etty realizou vários trabalhos, com sucesso comercial, durante a década de 1840, mas a qualidade das suas pinturas decaiu ao longo deste período. À medida que a sua sua se deteriorava, voltou para York em 1848. Morreu em 1849, pouco depois de uma grande exibição retrospectiva Na sequência da sua morte, as suas obras começaram a ter grande procura junto dos colecionadores e a ser vendidas por quantias elevadas. No entanto, os gostos mudaram e o seu trabalho ficou fora de moda, e os imitadores depressa abandonaram o seu estilo. No final do século XIX, o valor de todas as suas obras caíram para valores inferiores aos dos originais, e fora de York continuou pouco conhecido durante todo o século XX. A inclusão de Etty na importante exibição do Tate Britain, Exposed: The Victorian Nude, em 2001–02, o restauro do seu As Sirenes e Ulisses em 2010, e uma grande retrospectiva da sua carreira no Galeria de Arte de York em 2011–12, deram origem a um renovado interesse nas suas obras.
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki – William Etty)