Diretora do poderoso Grupo Clarín
Ernestina Herrera de Noble (Buenos Aires, Argentina, 7 de junho de 1925 – 14 de junho de 2017), herdeira de um dos impérios da comunicação da Argentina e diretora do Grupo Clarín – um dos periódicos com maior tiragem da língua espanhola.
A viúva de Roberto Noble (1902-1969), fundador do jornal Clarín – um dos periódicos com maior tiragem da língua espanhola -, que desde 1969, após a morte de seu marido, assumiu a direção do diário que tornou-se um dos mais relevantes da América Latina. Transformou-se, assim, na primeira mulher a dirigir um jornal de grande circulação na região.
Herrera de Noble foi diretora do jornal “Clarín” nas últimas cinco décadas e acionista do conglomerado de mídia Grupo Clarín, um dos maiores da América Latina.
Um dos seus maiores tropeços foi ter sido investigada pela justiça durante quase uma década a respeito da legitimidade da adoção de seus filhos.
A principal dúvida era se os até então menores seriam filhos de desaparecidos, sequestrados ao nascerem durante a ditadura (1976-1983).
Em dezembro de 2002, o então juiz federal Roberto Marquevich ordenou sua detenção por suposta falsificação de documentos públicos e rapto de menores.
A partir disso, ela passou três dias em cárcere até que obteve autorização para permanecer em prisão domiciliar, por causa da sua idade. Logo, a justiça a colocou em liberdade enquanto prosseguia com a investigação.
Foi finalmente liberada em janeiro de 2016, após as amostras de DNA de seus filhos adotivos darem negativo quando comparadas com os dados genéticos dos desaparecidos.
O acontecimento provocou comoção política em meio à batalha entre o governo de Cristina Kirchner (2007-2015) com o grupo que lidera o Clarín.
Ernestina de Noble faleceu em 14 de junho de 2017, aos 92 anos.
(Fonte: http://istoe.com.br – EDIÇÃO Nº 2478 09.06 – MUNDO /Por AFP – 14.06.17)
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2017/06 – FOLHA DE S.PAULO – MUNDO/ Por Sylvia Colombo de Buenos Aires – 14/06/2017)