Astro da série de TV ‘Bonanza’
Famoso pela série “Bonanza”
Ator também se destacou como médico no seriado ‘Trapper John, M.D.’.
Pernell Roberts (Waycross, Georgia, 18 de maio de 1928 – Malibu, 24 de janeiro de 2010), astro da série de faroeste Bonanza. O ator deixou o elenco de Bonanza, que foi ao ar durante a década de 60 nos EUA, no auge de sua popularidade. Roberts continuou a interpretar papéis em programas de TV e voltou a fazer sucesso com a série Trapper John, M.D., nos anos 80.
O ator ficou conhecido ao estrelar a série de TV “Bozanza”, trama (a primeira série de faroeste inteiramente produzida em cores), Roberts viveu o personagem Adam Cartwright, o filho mais velho de uma família chefiada pelo patriarca Ben Cartwright, interpretado por Lorne Green.
Depois de “Bonanza”, o ator faria ainda outros trabalhos na TV, que incluem ”Hawaii 5-0″ e ”Missão impossível”.
Em 1979, o ator estrelou “Trapper John, M.D.”, outro grande sucesso da TV, onde interpretou o papel-título da série. O drama médico foi transmitido pela CBS por sete anos, até 1986.
Mais recentemente, em 1991, foi o apresentador da série policial da rede ABC “FBI: the untold stories”.
De acordo com o site da rede de TV CNN, Pernell Roberts participou de mais de 60 séries de TV.
Roberts foi casado quatro vezes. Seu único filho, Chris, faleceu depois de um acidente de moto, em 1989.
Pernell Roberts Jr., representou o filho mais velho e introspectivo do rico fazendeiro Ben Cartwright no seriado de TV “Bonanza” e depois estrelou o drama médico “Trapper John, M.D.”
“Bonanza” começou a ser exibido em 1959, e Roberts figurou no seriado desde o início, como filho do fazendeiro Ben Cartwright.
Ele conquistou muitos fãs pelo papel do sério e quieto Adam, mas deixou o seriado em 1965, apesar de alguns observadores na época terem dito que isso acabaria com sua carreira.
“Bonanza” continuou no ar até 1973, tornando-se um dos seriados de faroeste de mais longa duração na história da televisão, depois de “Gunsmoke”.
Depois de “Bonanza”, Roberts foi visto principalmente em musicais de teatro e em participações como convidado em programas de TV, até voltar a um seriado em 1979 no papel-título de “Trapper John, M.D.”, no qual continuou por sete temporadas.
Roberts defendeu o movimento norte-americano dos direitos civis e em 1965 participou de uma marcha até Selma, no Alabama, ao lado de Martin Luther King Jr, em uma campanha pelos direitos de voto dos negros.
Nascido em 18 de maio de 1928, em Wacross, Georgia, Pernell era filho de um vendedor de refrigerantes. De temperamento rebelde, foi expulso uma vez do colégio e duas vezes da Universidade. Ao voltar a estudar, Roberts formou-se em arte dramática, envolvendo-se com a produção de várias peças e apresentando-se em teatros itinerantes. Mais tarde, uniu-se ao Teatro de Arena em Washington, além de outros grupos, até chegar à Broadway com a peça “The Lovers”, ao lado de Joanne Woodward. O ator fez um certo nome no meio teatral, ganhando prêmios em produções off-Broadway.
Chegou às telas do cinema em 1958 e à televisão no mesmo ano em participações especiais em séries como “Gunsmoke”, ‘Cheyenne”, “O Paladino da Justiça”, “Histórias do Velho Oeste”, e “77 Sunset Strip”.
Quando recebeu a proposta de interpretar Adam Cartwright em uma nova série a ser filmada à cores chamada “Bonanza”, Pernell não se entusiasmou pela ideia. Mas, eventualmente foi convencido a dar uma chance à produção com a qual assinou um contrato de cinco anos. No entanto, desde o primeiro dia de filmagem, o ator começou a criar problemas discutindo constantemente com os roteiristas e produtores exigindo melhor qualidade e veracidade para as histórias apresentadas.
Percebendo que não conseguiria alterar a mentalidade dos responsáveis pela série, Roberts tentou durante anos quebrar seu contrato. Neste meio tempo, recusava-se a dedicar-se por completo em sua atuação, discutindo com os diretores que pediam mais emprenho. O ator chegou ao ponto de não decorar suas falas, precisando de alguém por trás das câmeras para lhe passar o diálogo. Mesmo assim, exigia que fossem produzidos mais episódios centralizados em seu personagem.
Sua atitude era acobertada pelos produtores e colegas de elenco junto à imprensa, algo que contradizia o comportamento de Roberts junto à mídia, visto que o ator costumava falar mal de seu personagem, da série e dos colegas. Ameaças por parte da NBC em processá-lo ou em prejudicar sua carreira não mudaram a atitude do ator em relação à série. Como resultado, ele foi isolado dos demais, não conseguindo criar laços de amizades com ninguém da produção ou do elenco. Durante a produção da série, Roberts ganhou o apelido de “o encrenqueiro de Ponderosa”.
Em 1963, com a aproximação do final de seu contrato de cinco anos, Roberts deixou claro sua intenção de não renová-lo. Assim, para substituí-lo, foi criado o personagem de um primo dos Cartwright, Will, que foi interpretado por Guy Williams. O personagem foi introduzido ainda durante a presença de Pernell no elenco para acostumar o público com a futura mudança.
Na história, Adam se casaria e se mudaria do rancho Ponderosa. Pernell provocou novamente a produção ao pedir que a personagem da futura esposa de Adam fosse uma nativa interpretada por uma negra. A notícia da futura saída do ator do elenco chegou ao público que se manifestou em massa contra a decisão. Assim, Roberts foi persuadido a renovar seu contrato por mais um ano; mas, no final de 1964, ele anunciou novamente sua saída da série. Apesar das tentativas em fazê-lo mudar de idéia, desta vez, o ator deixou o elenco de “Bonanza”. Ao longo de sua vida, Roberts permaneceu irredutível em sua decisão de nunca mais falar sobre sua experiência com a série.
Pernell Roberts tentou dar continuidade à sua carreira no teatro e no cinema, mas nesse meio tempo já tinha ganho a reputação de encrenqueiro. Com isso, ele foi forçado a voltar ao circuito de participações especiais em séries de TV como “A Garota da UNCLE”, “James West”, “Lancer”, “Havaí 5-0″, “O Barco do Amor”, entre outras.
Ao longo dos anos 70 Pernell voltou ao teatro atuando em musicais como “The King and I,” “The Music Man,” ‘Kiss Me Kate,” “Camelot” e “The Sound of Music”. Em 1979 ele conseguiu voltar à TV estrelando uma outra série, “Hospital/Trapper John M.D.”, da qual também não gostava, mas desta vez ficou até o final de sua produção em 1986. Na série, ele interpretava “Caçador”, personagem de Wayne Rogers em “MASH”, que, de volta aos EUA, passou a trabalhar em um hospital ao lado de “Gonzo” Gates, interpretado por Gregory Harrison.
Em 1990 Roberts foi apresentador de “FBI: The Untold Stories”, programa de curta duração. O ator aposentou-se no início desta década, sendo que um de seus últimos trabalhos foi em 2001 quando apareceu em “Diagnosis Murder” reinterpretando um personagem que tinha feito para a série “Mannix” no final dos anos 60. Além de ator, Pernell também era cantor, tendo gravado três álbuns, dois para a série “Bonanza”, na qual em alguns episódios interpretou várias canções, e um terceiro disco solo em 1962.
Defensor dos direitos humanos, Roberts se manifestava frequentemente contra a discriminação racial. Durante a série “Bonanza”, costumava exigir dos roteiristas, um maior número de personagens da chamada minoria. Em 1965, Roberts participou de uma passeata ao lado de Martin Luther King Jr., em prol dos direitos civis dos afro-americanos realizada em Selma, Alabama.
Pernell foi casado 4 vezes. A primeira entre 1951 e 1959, com Vera Mowry, professora na Washington State University, com quem teve seu filho, Jonathan Christopher Roberts; falecido em 1989 aos 38 anos de idade vítima de um acidente de moto. A segunda, entre 1962 e 1971 com Judith Anna LeBreque e a terceira entre 1972 e 1996, com Kara Knack. Atualmente, estava casado com Eleanor Criswell, que ficou ao seu lado até o final.
Pernell Roberts morreu dia 24 de janeiro de 2010, aos 81 anos, em sua casa em Malibu (EUA), vítima de câncer no pâncreas.
“Bonanza” ainda sustenta hoje a posição de segunda maior série de TV do gênero em longevidade, com 14 temporadas produzidas entre 1959 e 1973, superada apenas por “Gunsmoke”, que durou 20 temporadas. Pernell sustentou-se no papel pelos primeiros seis anos da série.
(Fonte: Zero Hora – Ano 46 – N° 16.232 – Memória – 31 de janeiro de 2010)
(Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/PopArte – NOTÍCIAS / POP & ARTE / TELEVISÃO / Do G1, no Rio – 26/01/10)
(Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/temporadas – NOVA TEMPORADA / Por Fernanda Furquim – 26/01/2010)
(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/revista-da-tv -3063275 – CULTURA – REVISTA DA TV – LOS ANGELES – por O Globo com Reuters – 26/01/2010)