Archimedes Messina, compositor faz parte da história da publicidade brasileira com jingles inesquecíveis, além de marchinhas e aberturas de programas de TV

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Pai do jingle ‘Sílvio Santos vem aí’ e de vinhetas da Varig

 

Archimedes Messina, conhecido por ser o criador do jingle “Silvio Santos vem aí” – (Foto: Arquivo/RROnline)

 

 

Archimedes Messina (São Paulo, 1932 – São Paulo, 31 de julho de 2017), compositor faz parte da história da publicidade brasileira com jingles inesquecíveis, além de marchinhas e aberturas de programas de TV, compositor ficou famoso como criador de jingles publicitários e pela música que consagrou Silvio Santos em seu programa, criador do jingle “Silvio Santos vem aí”.

Ele foi responsável por comerciais e jingles inesquecíveis como o “Seu Cabral” da Varig, o do Café Seleto (“Depois de um sono bom/ a gente levanta/..”). Como compositor, teve mais de cem músicas gravadas, algumas por famosos como Cely Campello, conhecida pelo sucesso “Banho de Lua”.

Messina iniciou a carreira como ator na Rádio São Paulo, onde permaneceu durante 10 anos até chegar ao cargo de diretor. Lá, ele foi convidado para fazer uma música para a trilha sonora de uma radionovela que mudou o rumo da vida dele.

Messina estava longe de ser um músico profissional. Usava uma caixinha de fósforo para o ritmo e uma porção de lá, lá, lás pra fazer a letra, mas o resultado era certeiro: canções simples, que grudavam como chicletes e seriam lembradas por décadas.

Nascido na capital paulista, ele começou a fazer música quase por acaso, no final dos anos 1950. Já era radioator –profissão que sonhava em ter desde criança–, quando arriscou as primeiras canções para novelas que fazia na Rádio São Paulo. Em pouco tempo já tinha tomado gosto.

Foram algumas trilhas para o rádio, jingles comerciais e marchinhas de Carnaval até que Archimedes mudasse de vez para a publicidade. Foi uma decisão difícil, confessou em entrevista décadas depois, mas não se arrependeu e chegou a contabilizar mais de 200 jingles compostos.

Não estudou música, nem tocava instrumentos, mas mergulhava em pesquisas para cada um dos seus trabalhos. Toda vez que a Varig fazia um novo destino, por exemplo, lá ia Archimedes visitar o local e buscar ideias para as canções. Foi assim que cantou os passos de Cabral para apresentar Lisboa e buscou fábulas japonesas para anunciar o voo a Tóquio.

Seu trabalho mais conhecido, no entanto, é “Sílvio Santos Vem Aí” que acompanha o apresentador desde os anos 1960. O trabalho chegou a render uma disputa judicial entre os dois, encerrada com um acordo, depois de anos.

 

Briga com Silvio na Justiça

 

Archimedes Messina se tornou conhecido como criador de mais de 400 comerciais para rádio e televisão. São de sua autoria, por exemplo, jingles famosos da Varig e da marca Café Seleto. Mas foi com Silvio Santos que ele alcançou tamanha projeção que chegou a parar na Justiça.

O compositor travou uma briga pelos direitos da música que consagrou o animador de auditório e dono do SBT. Em 2001, Messina venceu o processo por danos morais e a Justiça determinou que ele recebesse uma indenização milionária. Após um acordo, feito em 2012, Silvio voltou a usar a canção dos versos “Do mundo não se leva nada / Vamos sorrir e cantar/ Lá, lá, lá, lá… Silvio Santos vem aí…” em seu programa.

“Foi uma briga longa, que ele [Messina] chegou a me contar. Era um cara muito gentil, delicado, que brigou pelos direitos dele. Ele tentou conversar com o Silvio, mas o Silvio achava que não devia nada. Depois, eles fizeram um acordo. É uma música emblemática”, diz Alexandre Guerra, cujo pai trabalhou com Messina na década de 60.

 

“Não imaginava virar publicitário”

 

Archimedes Messina começou a trabalhar com novelas para rádio, na década de 60, na Rádio São Paulo. Ele também escreveu marchinhas de carnaval, como “A Marcha do Pam Pam” e “Faz um 4 Aí Que Eu Quero Ver”.

Em entrevista para a Jovem Pan Online, em agosto de 2009, ele disse que a publicidade aconteceu por acaso em sua vida.

“Nunca imaginei que fosse, de repente, virar publicitário. A verdade é que sempre fui apaixonado por rádio. E deu sorte”, falou Messina. Foi com o jingle “Seu Cabral”, da campanha da Varig para rádio e televisão, que ele dizia ter “entrado com o pé direito” na publicidade.

“No meu caso, eu não tive oportunidade de fazer uma faculdade de publicidade, mas tive a chance de ler muito, ouvir muito e estar em contato com grandes publicitários. Agradeço também por ter um dom musical, embora eu não seja músico, que me ajudou muito”, falou o publicitário na entrevista para a Jovem Pan.

Aposentado, ainda batucou na caixinha de fósforo até o dia 31 de julho de 2017, quando morreu, aos 85, devido a um aneurisma no fígado.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/08 – COTIDIANO/ Por FERNANDA PEREIRA NEVES/ DE SÃO PAULO – 13/08/2017)

(Fonte: https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/redacao/2017/08/01 – TV E FAMOSOS – TELEVISÃO/ Por Felipe Pinheiro Do UOL, em São Paulo – 01/08/2017)

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