Fernanda Borsatti (Évora, 1º de setembro de 1931 – Lisboa, 14 de setembro de 2017), atriz portuguesa. Foram mais de 60 anos ao serviço da arte da representação, espalhados pelo teatro, cinema e televisão.
Nascida em Évora, a 1º de setembro de 1931, Fernanda Borsatti interpretou os mais diversos gêneros teatrais, desde revista a comédia, passando pelas peças dramáticas.
Ao longo da carreira artística, passou por mais de dez companhias de teatro, entre as quais o Teatro Maria Vitória, a Companhia Laura Alves, a Companhia Raul Solnado, o Teatro Maria Matos e a Casa da Comédia.
A atriz integrou o elenco do Teatro Nacional D. Maria II entre 1978 e 2001 e trabalhou com diretores como Henrique Campos e José Fonseca e Costa.
No Teatro D. Maria II, Fernanda Borsatti participou nas peças “O Bicho”, “O Tempo Feminino”, “O Fidalgo Aprendiz” (com Ruy de Carvalho), “Passa por mim no Rossio”, “As Fúrias”, “O Crime da Aldeia Velha” e “Não Digas Nada”, entre outras.
Entre as longas-metragens que integrou no cinema, contam-se “Sangue Toureiro”, “Pão, Amor…e Totobola”, “Domingo à Tarde”, “O Diabo era Outro”, “O Ladrão de quem se fala”, “A mulher do próximo”, “O Querido Lilás” e “A Corte do Norte”.
Na televisão integrou séries, ‘sitcoms’ e telenovelas, como “A vida privada de Salazar”, “Doce Fugitiva”, “Inspetor Max”, “Residencial Tejo”, “Lá em casa tudo bem”, “Gente fina é outra coisa”, “Eu show Nico” ou “A Dama das Camélias”.
A atriz faz também parte da história da televisão. Começou em 1957, em “Falar Verdade a Mentir”, para a RTP1. Seguiram-se várias participações em produções como “Lá em casa tudo bem” e “Gente fina é outra coisa”, da RTP1, e “Residencial Tejo” e “A vida privada de Salazar”, da SIC.
Em 2007, Fernanda Borsatti recebeu a Medalha de Mérito Municipal, no seu Grau Ouro, da Câmara Municipal de Lisboa.
No mesmo ano, na gala do 50º aniversário da RTP, foi uma das personalidades homenageadas enquanto uma das primeiras glórias da estação pública, numa cerimônia que distinguiu nomes como Raul Solnado, Carmen Dolores, António Victorino de Almeida, Camilo de Oliveira, João D’Ávila, Maria Fernanda e engenheiro Sousa Veloso.
Fernanda Borsatti morreu em 14 de setembro de 2017, aos 86 anos, no Hospital da CUF, em Lisboa, vítima de doença prolongada, revelou a Casa do Artista.
À TSF, o ator Ruy de Carvalho afirmou que Fernanda Borsatti vai “fazer muita falta” ao teatro português. “Era uma belíssima atriz, tinha muita graça e era uma pessoa muito inteligente”, reconheceu o ator.
(Fonte: http://www.tsf.pt/cultura – CULTURA – Arte – Música – 14 DE SETEMBRO DE 2017)
(Fonte: http://www.jn.pt/artes – JORNAL DE NOTÍCIA – ARTES/ETC/ Por Alexandre Oliveira Vaz – 14/09/2017)