Sua revista chegou a ter uma circulação nos EUA de 5,6 milhões de exemplares em 1975.
Em uma época bastante repressiva, a Playboy é creditada como um dos grandes marcos da revolução sexual no mundo ocidental.
“A vida é muito curta para viver o sonho de outra pessoa.” Hugh M. Hefner (1926-2017), ícone americano e fundador da Playboy
Hugh Marston Hefner (Chicago, 9 de abril de 1926 – Los Angeles, 27 de setembro de 2017), empresário milionário norte-americano, fundador da revista Playboy. A Playboy se tornou sinônimo de revista masculina no mundo. A publicação ousou na época ao associar mulheres nuas ao estilo de vida norte-americano.
O fundador da Playboy, Hugh Hefner, que ajudou a abrir caminho para a revolução sexual da década de 1960 com sua pioneira revista masculina, e que construiu um império de negócios ao redor de seu estilo de vida libertino, foi certa vez chamado de “profeta do hedonismo pop” pela revista Time.
Hefner era às vezes caracterizado como um muito sexualizado Peter Pan, uma vez que mantinha um harém de jovens loiras, totalizando até sete mulheres, em sua lendária mansão da Playboy. Isso foi retratado no reality show “The Girls Next Door”, transmitido de 2005 até 2010.
Com uma fortuna estimada em cerca de US$ 43 milhões, Hefner ficou famoso por fundar a revista Playboy, maior publicação masculina de todos os tempos, com sua inconfundível logomarca em formato de coelho. Excêntrico, o empresário era conhecido pelo seu estilo de vida peculiar, sempre cercado de belas modelos e festas luxuosas em sua mansão na Califórnia, a Playboy Mansion. Ele também ficou conhecido por seus inúmeros relacionamentos com mulheres mais jovens.
Apesar disso, Hefner foi bastante ativo no cenário político dos Estados Unidos, tendo doado diversas vezes para o Partido Democrata. Ele também militou por causas como o casamento gay, os direitos das mulheres e a proteção do meio ambiente.
Hefner criou a Playboy Enterprises em 1953, companhia que começou com a revista “Playboy” e depois passou a produzir outros conteúdos eróticos para televisão e internet.
Aos 27 anos, em 1953, Hefner fundou a revista que virou símbolo de sensualidade em todo o mundo, em uma das décadas mais importantes da chamada “revolução sexual”. Criticada e amada durante o passar dos anos, a revista virou um símbolo norte-americano seja pela moda ou pelo estilo de vida luxuoso que mostrava.
Isso porque, além de trazer mulheres nuas em seu interior, a Playboy também tinha entrevistas muito ousadas e inteligentes em todas as suas edições.
A estrela da primeira capa foi a atriz Marilyn Monroe, uma das maiores estrelas do cinema mundial, em fotos tiradas anos antes, e como um verdadeiro símbolo sexual da época. As fotos, tiradas quatro anos antes, foram compradas a preço baixíssimo. As 50 mil cópias da revista se esgotaram rapidamente, fazendo com que a Playboy se tornasse um sucesso instantâneo. Além disso, o coelho que estampava as publicações virou uma marca registrada do império construído pelo norte-americano.
Hefner nasceu em 9 de abril de 1926 em Chicago, filho de Grace Caroline e Glenn Lucius Hefner.
Nas décadas seguintes, centenas de mulheres, famosas ou não, posaram para a publicação. Hefner virou uma celebridade e se mudou para uma mansão, sempre rodeado de “coelhinhas”.
Revista Playboy
A revista Playboy, lançada em 1953, conseguiu inspirar e acompanhar a “revolução sexual” dos anos 60 e 70. Foi uma proposta ousada: aliar mulheres nuas com entrevistas inteligentes e reveladoras.
A revista defendeu um estilo de vida hedonista, ideias politicamente liberais, costumes caros e o sexo recreativo – tudo isso numa época de forte repressão aos costumes.
O primeiro número de Playboy mostrou Marilyn Monroe, o maior símbolo sexual da época. Depois, virou uma das marcas mais famosas do mundo e foi a base de um império de mídia.
Nas décadas seguintes, Hefner montou um império liderado pela revista, que chegou a ter uma circulação nos EUA de 5,6 milhões de exemplares em 1975. O coelho símbolo da marca se tornou por si só um ícone pop.
Nos últimos anos, porém, a revista tem lutado contra a forte concorrência erótica gratuita na internet. Por um breve período, entre meados de 2016 até o início de 2017, a publicação experimentou evitar a nudez, antes de retornar à sua fórmula anterior.
O bilionário também liderou batalhas de liberdade de expressão nos EUA, lutando até a Suprema Corte contra os Correios dos Estados Unidos. A companhia se recusava a entregar sua revista.
O empresário também ficou conhecido por festas em sua Mansão Playboy e por ter várias namoradas ao mesmo tempo ao longo da vida. Seu estilo de vida foi retratado no reality show “Girls of Playboy mansion”, cujas primeiras temporadas tinham as loiras Kendra Wilkinson, Holly Madison e Bridget Marquardt.
Em 2010, Hefner anunciou o noivado com a modelo Crystal Harris, 60 anos mais nova que ele. Foi o terceiro casamento dele, que se divorciou de suas duas primeiras esposas na década de 1950.
Hefner era às vezes caracterizado como um muito sexualizado Peter Pan, uma vez que mantinha um harém de jovens loiras, totalizando até sete mulheres, em sua lendária mansão da Playboy. Isso foi retratado no reality show The Girls Next Door, transmitido de 2005 até 2010.
“Eu nunca vou crescer”, disse Hefner, em entrevista à CNN, quando tinha 82 anos.
“Permanecer jovem é tudo para mim. Manter vivo meu lado menino, e muito tempo atrás decidi que a idade não importa, e contanto que as mulheres… se sintam da mesma maneira, está ótimo para mim.”
Hefner sossegou um pouco em 2012, aos 86 anos de idade, quando se casou com Crystal Harris, que era 60 anos mais jovem, em seu terceiro casamento.
Ele disse que seu estilo de vida festeiro pode ter sido uma reação à criação em uma família repressora na qual as demonstrações de afeto eram raras.
Sua assim chamada infância atrofiada levou à criação de um empreendimento multimilionário centrado em mulheres nuas, mas também deu ensejo à “filosofia Playboy” de Hefner, baseada em romance, estilo e a recusa de ditames morais.
Essa filosofia ganhou vida nas festas lendárias em suas mansões – primeiro em sua nativa Chicago e depois na vizinhança privilegiada de Holmby Hills, em Los Angeles –, onde legiões de celebridades masculinas se aglomeravam para se misturar a mulheres jovens e lindas.
Em 1963, muito antes de a Internet tornar a nudez onipresente, Hefner foi processado por publicar e circular fotos de celebridades e aspirantes a estrelas despidas, mas foi absolvido.
Hefner fez da Playboy a primeira revista masculina chamativa e elegante, que além dos pôsteres centrais de nus tinha apelo intelectual para homens que gostavam de dizer que não a compravam só pelas fotos graças à presença de escritores de destaque como Kurt Vonnegut, Joyce Carol Oates, Vladimir Nabokov, James Baldwin e Alex Haley.
Entrevistas aprofundadas com figuras históricas como Fidel Castro, Martin Luther King Jr., Malcolm X e John Lennon também eram um atrativo frequente.
“Nunca pensei na Playboy, com muita franqueza, como uma revista de sexo”, disse Hefner à CNN em 2002. “Sempre pensei nela como uma revista de estilo de vida na qual o sexo era um ingrediente importante.”
Hefner se revelou um gênio no posicionamento da marca. A silhueta de coelho da publicação se tornou um dos logotipos mais conhecidos do mundo, e as garçonetes “coelhinhas” de seus clubes noturnos eram inconfundíveis com seus uniformes decotados semelhantes a maiôs, gravatas borboleta, rabos de algodão e orelhas de coelho.
Hef, como ele começou a chamar a si mesmo na escola secundária, também era um logotipo ambulante da Playboy, presidindo seu reinado em pijamas de seda e paletó de smoking e soltando baforadas com um cachimbo.
“O que eu criei veio de meus sonhos de fantasias de adolescente”, contou ele à CNN. “Estava tentando redefinir o que significava ser um homem jovem, urbano e sem compromisso.”
Depois de ser copista da revista Esquire, Hefner se casou e trabalhou no departamento de circulação da revista Children’s Activities, quando começou a imaginar o que viria a ser a revista Playboy.
A primeira edição saiu em dezembro de 1953, com fotos da atriz Marilyn Monroe nua, e foi um sucesso. À medida que decolava, a publicação se tornou alvo da direita por causa da nudez e da esquerda devido às feministas que diziam que a Playboy reduzia as mulheres a objetos sexuais.
Hefner declarou certa vez que o sexo é “o principal fator motivacional no decurso da história humana” e, usando esse princípio como um modelo de negócios, a Playboy floresceu durante a revolução sexual, chegando a uma circulação de 7 milhões de exemplares nos anos 1970.
Na década seguinte ele teve problemas com as concorrentes Penthouse e Hustler – revistas que tinham fotos muito mais explícitas –, e no século 21 o impacto social da Playboy já havia diminuído consideravelmente. Os Clubes Playboy fecharam em 1991, mas seriam parcialmente ressuscitados.
Depois de sofrer um pequeno derrame em 1985, Hefner fez de sua filha, Christie, a diretora-executiva da Playboy Enterprises, e ela reformulou o negócio até deixar o cargo, em 2009. O filho de Hefner, Cooper, que era quase 40 anos mais jovem que Christie, assumiu um papel de destaque na empresa em 2014.
A partir de março de 2016 a Playboy deixou de publicar nus frontais totais, uma reformulação da marca que seria inimaginável no auge da revista.
Ela retomou os nus um ano depois, quando Cooper anunciou uma nova filosofia para a companhia.
Em agosto de 2016, um dos vizinhos de Hefner, um investidor de private equity, comunicou ter comprado a mansão Playboy por 100 milhões de dólares com a condição de que Hefner poderia continuar morando no local até sua morte.
MANSÃO DA PLAYBOY: POR DENTRO DA CASA DE 100 MILHÕES DE DÓLARES DO FUNDADOR
Nos últimos 40 anos, o empresário transformou sua casa na lendária mansão da Playboy, local de inúmeras festas.
Tecnicamente, Hefner nunca foi o dono do imóvel em Los Angeles. Ele pagava 100 dólares por ano de aluguel simbólico à Playboy. Em agosto de 2016, a casa de quase 20 mil metros quadrados foi vendida por 100 milhões de dólares a Daren Metropoulos, principal sócio da Metropoulos & Co.
Como parte do acordo da venda, Hefner tinha permissão para continuar a morar no imóvel por um aluguel de 1 milhão de dólares por ano. Agora, com sua morte, a mansão oficialmente não terá mais laços com a Playboy.
A casa de 20 mil metros quadrados fica entre Beverly Hills e Westwood, em Los Angeles.
A propriedade inclui a casa principal mais uma casa de hóspedes com quatro quartos.
Por décadas, convites para as festas da Playboy na mansão eram disputadíssimos e as histórias das comemorações, lendárias.
A casa principal tem 29 quartos.
Com arquitetura gótica, a casa foi feita em 1927 e foi a base do império de Hefner por meio século.
Também tem uma floresta particular, quadra de tênis, piscina e uma espécie de caverna e gruta, cenário de diversas aventuras…
A Playboy comprou a mansão há 45 anos por mais de 1 milhão de dólares. Era um preço bem alto para a época.
A mansão também já foi cenário de produções de Hollywood, como da série Entourage, da HBO.
Antes da Playboy, Hefner se casou com Millie Williams em 1949 e se divorciou em 1959, iniciando um período durante o qual se tornou a encarnação do solteirão. As muitas mulheres que dividiram sua cama redonda, motorizada e vibratória incluíram modelos que posaram para sua revista, e em 1989 ele se casou com uma delas, a Playmate do Ano Kimberly Conrad.
Eles tiveram dois filhos, mas o experimento de Hefner com um estilo de vida mais doméstico terminou em divórcio 10 anos depois. Kimberly se mudou para uma casa ao lado da do ex-marido para poder ficar perto dos filhos.
Em 2008, depois que uma de suas namoradas, Holly Madison, terminou o relacionamento, Hefner disse que tinha esperança de passar o resto da vida ao seu lado. Pouco depois ele acrescentou gêmeas de 19 anos a seu séquito, mas mais tarde voltou a optar pelo casamento com Crystal Harris.
Até hoje, a revista publica ensaios com mulheres famosas, como Kim Kardashian, e também com modelos pouco conhecidas, “Playmates” ou “Coelhinhas”.
Hugh Hefner morreu de causas naturais no fim da noite de 27 de setembro de 2017, aos 91 anos, em sua mansão, a Mansão Playboy, em Los Angeles.
“Meu pai viveu uma vida excepcional e impactante. Defendeu de alguns dos movimentos sociais e culturais mais importantes do nosso tempo, na defesa da liberdade de expressão, dos direitos civis e da liberdade sexual”, informou seu filho, Cooper Hefner, chefe de criação da Playboy Enterprises, em comunicado. “Ele definiu um estilo de vida”, acrescentou.
(Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia – MUNDO – NOTÍCIA/ Por G1 – 28/09/2017)
(Fonte: http://gente.ig.com.br/celebridades/2017-09-28 – GENTE – CELEBRIDADES/ Por |
(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/gente – DIVERSÃO – ENTRETENIMENTO – GENTE – FAMOSOS/ Por Bill Trott – 28 SET 2017)
*Com informações da Reuters
(Fonte: https://br.reuters.com/article/topNews – TOP NEWS/ Por Bill Trott – 28/09/2017)
Por Subrat Patnaik em Bengaluru, Brendan O’Brien em Milwaukee e Alex Dobuzinskis em Los Angeles