Boris Leonidovitch Pasternak (Moscou, 10 de fevereiro de 1890 – Peredelkino, 31 de maio de 1960), poeta e romancista soviético, autor de Doutor Jivago, nascido no dia 10 de fevereiro de 1890, em Moscou. Prêmio Nobel de Literatura em 1958, mas as autoridades de seu país o impedem de recebê-lo. Boris Pasternak nasce em Moscou, numa família judia. Freqüenta cursos de filosofia na Universidade de Moscou e na Universidade de Marburg, na Alemanha. Em 1913 lança o primeiro livro de poesia.
Com Sestra Moya Zhizn (Minha Irmã, a Vida, de 1922), alcança o reconhecimento. Impedido de publicar durante o governo de Josef Stálin, traduz textos de Shakespeare e Goethe. Em 1956 tem o romance Doutor Jivago, que conta a desilusão de um homem com o regime soviético, recusado pelos editores de Moscou. Uma editora italiana compra os direitos autorais, recusa-se a devolver os manuscritos e publica a obra em 1957.
No ano seguinte, está traduzida para 18 línguas. Banido da União dos Escritores Soviéticos, Pasternak é obrigado a recusar o Prêmio Nobel de Literatura em 1958. O cineasta David Lean leva Doutor Jivago à tela (1965). É reintegrado postumamente à União dos Escritores Soviéticos em 1987, o que possibilita o lançamento de Doutor Jivago no país. Morto no dia 31 de maio de 1960, em Peredelkino, Pasternak esteve oficialmente esquecido em seu país desde 1957, quando foi publicado no Ocidente seu romance Doutor Jivago, proibido pelas autoridades soviéticas.
Pasternak foi reabilitado em outubro de 1983, em reuniões discretamente anunciadas na imprensa e em cartazes, onde poemas seus foram lidos diante de 600 pessoas, em Moscou, embora nenhuma explicação oficial fosse fornecida.
(Fonte: Veja, 12 de outubro, 1983 – Edição n.º 788 – Datas – REABILITADO – Pág; 91)
Exílio é morte O regime soviético impediu o poeta e romancista Pasternak de receber o Prêmio Nobel por seu romance Dr. Jivago, contrabandeado para o Ocidente e considerado anti-soviético em seu país. Ameaçado com o exílio, Pasternak preferiu o silêncio (meu amor pela Rússia faria de meu exílio uma pena de morte).
(Fonte: Veja, 3 de dezembro de 1969 – Edição n° 65 – LITERATURA – Pág; 64)