Dora Bria (1958-2008), o windsurfe perde sua maior estrela. Dora Bria morre
aos 49 anos, depois que a sua caminhonete bateu de frente em uma carreta em
MG.
O windsurfe brasileiro perdeu uma de suas maiores representantes na tarde de
terça-feira, no dia 22 de janeiro.
Pioneira na prática do esporte no país, Dora Bria morreu aos 49 anos, em um
acidente de carro em Minas Gerais. Apesar de ter sido instantânea, a morte
da ex-atleta só foi divulgada ontem à imprensa. “A vela fica de luto. Ela
também foi a primeira velejadora do Brasil a ser admirada nacionalmente”,
lamentou o iatista Lars Grael, que foi o primeiro a receber a notícia do
falecimento.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o acidente ocorreu no quilômetro 256
da BR 040, na região de Gonçalo do Abaeté, em Minas Gerais.
Dora viajava sozinha e vinha da cidade mineira de Três Marias em direção ao
Rio de Janeiro, onde morava. A caminhonete da ex-atleta rodou na pista,
invadiu a contramão e se chocou de frente contra um caminhão que vinha na
direção oposta, caindo, em seguida, em uma ribanceira. O motorista do outro
veículo não teve ferimentos. Conforme a Polícia Rodoviária, chovia muito e a
pista estava escorregadia no momento do acidente.
Seis vezes campeã brasileira, Dora foi tricampeã sul-americana e ficou entre
as cinco melhores do mundo em ondas gigantes entre 1990 e 1995, no Havaí.
Considerada uma das musas do esporte nacional, a ex-atleta também ficou
famosa por sua beleza, posando nua para revistas masculinas em duas
ocasiões. Dora foi a primeira mulher a praticar a forma mais radical de
windsurfe, nas ondas do mar, na Barra da Tijuca. Foi também uma das
precursoras do bodyboard no Brasil, tendo encerrado a carreira apenas em
2000.
A ex-campeã começou na modalidade por acaso. Em seu site oficial, ela
contava que havia sido levada ao esporte por um ex-namorado, nos anos 80,
quando o windsurfe ainda era pouco praticado no país. Sua presença nas
competições, no entanto, acabou atraindo a atenção dos patrocinadores, que
passaram a apoiá-la nas viagens.
Encaminhado ao Instituto Médico Legal de Patos de Minas logo após o
acidente, o corpo da ex-atleta foi trasladado, ontem, à capital fluminense,
onde começou a ser velado. O sepultamento acontece hoje, às 11h, no
Cemitério do Caju.
(Fonte: Correio do Povo – ANO 113 – Nº 116 – ESPORTES – quinta-feira, 24 de
janeiro de 2008 – Pág; 22)
Pioneira do windsurf no Brasil
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