Pai de Edu Lobo, músico era jornalista e compositor
Fernando de Castro Lobo (Recife, 26 de julho de 1915 – Copacabana (zona sul do Rio de Janeiro), 22 de dezembro de 1996), compositor e jornalista
Autor de grandes sucessos, como ‘‘Chuvas de Verão’’, Lobo era pai do compositor Edu Lobo, Fernando de Castro Lobo compôs alguns clássicos da música popular brasileira.
Destacam-se entre as canções de Lobo “Ninguém me Ama” (parceria com Antônio Maria), “Chuvas de Verão”, “Nega Maluca” (com Ewaldo Ruy) e “Zum-zum” (com Paulo Soledade).
Nascido em Recife, em julho de 1915, Fernando Lobo chegou ao Rio de Janeiro no fim da década de 30. Trabalhou como jornalista nas revistas “O Cruzeiro” e “A Cigarra”.
Logo que chegou, sem dinheiro, dividiu um apartamento na Cinelândia (centro do Rio) com amigos mais tarde famosos, como os compositores Antônio Maria e Dorival Caymmi e o radialista Abelardo Barbosa, o Chacrinha.
“Chuvas de Verão” é considerada sua obra-prima. Coube a Francisco Alves gravar a canção pela primeira vez, em 1949. Caetano Veloso a regravou 20 anos depois, em uma interpretação que se tornou clássica. Caetano também regravou “Nega Maluca”.
Em 1994, Lobo lançou o livro de memórias “Nos Tempos do Villarino”, bar no centro carioca que frequentava nos anos 50 junto Vinícius de Moraes, Lúcio Rangel (1914-1979, Paulo Mendes Campos, Caymmi e Antônio Maria.
Fernando Lobo morreu em 22 de dezembro de 1996, aos 81 anos, no Rio de Janeiro. Ele sofria de câncer no cérebro.
O câncer que vitimou Lobo foi descoberto em junho passado. Por causa da idade, os médicos não o operaram. O compositor esteve inconsciente nos últimos dias. A família preferiu mantê-lo no apartamento de Copacabana (zona sul do Rio de Janeiro), onde morreu. Lobo era casado com Maria do Carmo, com quem tinha dois filhos.
Um de seus maiores amigos, o carnavalesco Fernando Pamplona, disse que a morte de Lobo representa uma perda para o cenário do Rio. ‘‘O Rio é formado por cariocas que não nasceram aqui, como o Fernando Lobo’’, afirmou. ‘‘Ele não foi apenas um compositor boêmio ou um homem de rádio’’, disse ainda. ‘‘Representou muito para a crônica da cidade’’.
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/12/24/ilustrada – FOLHA DE S.PAULO – ILUSTRADA / Por SERGIO TORRES DA SUCURSAL DO RIO – São Paulo, 24 de dezembro de 1996)
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