Danton Jobim: 55 anos dedicados ao jornalismo
Danton Jobim (Avaré, 8 de março de 1906 – Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 1978), senador, jornalista por mais de cinqüenta anos, começou no extinto O Trabalhador, do Rio de Janeiro, tendo passado por mais de uma dezena de órgãos de imprensa até tornar-se proprietário do Diário de Notícias, também do Rio de Janeiro.
Em 1964, vendeu o jornal e tornou-se diretor-presidente da Última Hora carioca, função que abandonou em 1970, ao assumir a vaga do senador cassado Mário Martins, de quem era suplente; em 1974, foi reeleito para um mandato de oito anos.
Foi conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa há trinta anos, presidiu a entidade entre 1966 e 1972, e desde 10 de janeiro de 1978 ocupava novamente o cargo, em substituição a Prudente de Morais, neto, também falecido.
Danton Jobim morreu aos 72 anos, no dia 26 de fevereiro de 1978, de embolia pulmonar, no Rio de Janeiro.
(Fonte: Veja, 8 de março, 1978 - Edição 496 - Datas – Pág; 77)
Primeiro scholar brasileiro no campo da comunicação
Danton Pinheiro Jobim nasceu em Avaré (SP), em 8 de março de 1906.
Após mudar-se para o Rio de Janeiro na década de 20, estreou no jornalismo como repórter no jornal A Noite e posteriormente foi secretário de redação nos jornais A Crítica, A Manhã, A Esquerda e A Batalha.
Na década de 50, à frente do Diário Carioca (onde permaneceu de 1933 a 1956), viveu o auge de sua carreira. Ao lado de Pompeu de Souza e Luís Paulistano, comandou o processo de modernização do Diário Carioca, que revolucionou o jornalismo impresso brasileiro. Quando o jornal foi extinto, tornou-se diretor de redação do jornal Última Hora.
Após sair do Última Hora, trocou o jornalismo pela política, elegendo-se senador pelo MDB carioca em 1970. Também foi por três vezes presidente da ABI e representou o Brasil em uma assembléia-geral da ONU e em uma missão especial ao Vaticano.
Primeiro scholar brasileiro no campo da comunicação, Danton Jobim atuou intensamente no ensino de jornalismo, como professor na Faculdade Nacional de Filosofia da então Universidade do Brasil (hoje UFRJ), professor visitante da escola de jornalismo da Universidade do Texas e professor de Didática do Jornalismo do CIESPAL, no Equador. Também realizou seminários no Instituto de Altos Estudos sobre a América Latina e no Instituto de Estudos Políticos da Universidade de Paris. Faleceu em 26 de fevereiro de 1978, vítima de uma parada cardíaca provocada por embolia pulmonar.
Três obras: A Experiência Roosevelt e a Revolução Brasileira (1940), Introduction Au Journalism Contemporain (1957) e Espírito do Jornalismo (1960).
(Fonte: www.eca.usp.br/prof/josemarques – Marcelo Januário)