Músico que fez parcerias com Miles Davis
Músico francês era eclético e engajado na educação
Didier Lockwood (Calais, norte da França, 11 de fevereiro de 1956 – 18 de fevereiro de 2018), violinista de jazz francês, foi um dos maiores nomes do violino em todo o mundo. O célebre violinista francês de jazz foi um grande representante do jazz francês no exterior, com uma carreira em que deu cerca de 4.500 concertos e gravou mais de 35 álbuns.
Notável violinista de jazz, discípulo do mito Stephane Grappelli (1908-1997), o francês Didier Lockwood foi revelado ainda jovem pela cena jazz-rock da década de 1970 com os grupos Magma e Zao antes de montar seus próprios grupos. Logo, foi descoberto por Stéphane Grapelli, que o chamou para acompanhá-lo em turnê. Depois disso, ele colaborou com muitos grandes artistas de jazz, de Miles Davis a Herbie Hancock.
Presente em várias edições do Festival Internacionald e Jazz de Vittoria, na Espanha, Lockwood colaborou durante sua carreira com vários artistas, incluindo Claude Nougaro, Barbara, Jacques Higelin e Miles Davis, e ele também era conhecido por liderar sua própria banda, a DLG (Didier Grupo Lockwood).
Lockwood fez mais de 4.000 concertos durante sua carreira e embarcou em vários estilos, como jazz, música mundial e clássica.
Nascido em Calais, no norte da França, em 11 de fevereiro de 1956 em uma família franco-escocesa, este filho de um professor de música começou a aprender violino aos sete anos e se interessou muito cedo pelo improviso, graças ao seu irmão mais velho, Francis.
Aos 17 anos, Lockwood estreou no Magma, que então era o principal grupo de rock progressivo na França.
Em seguida, ocupou a cena musical por meio de vários encontros e projetos em diversos estilos: jazz fusion elétrico, jazz acústico, gipsy jazz e música clássica.
Criou duas óperas durante sua carreira, dois concertos para violino e orquestra, um concerto para piano e orquestra, poemas líricos e muitas outras obras sinfônicas, sem esquecer de músicas para filmes.
Ele também esteve muito envolvido na educação musical: foi autor de um método de violino para jazz e criou em 2001 uma escola de improvisação, o Didier Lockwood Music Center em Dammarie-les- Lys (Seine-et-Marne).
Lockwood também era muito engajado na educação musical. Autor de um método de aprendizado do violino para o jazz, criou em 2001 o Centro de Músicas Didier Lockwood, uma escola na qual se ensina o improviso, em Dammarie-les-Lys, perto de Paris.
Em 2006, entregou ao governo francês um informe sobre o ensino de música no país, no qual demonstrava preocupação com uma infância “formatada” pela tecnologia moderna e defendia um aprendizado da música, mediante uma maior oralidade e menos solfejo.
Em 2009, Didier Lockwood esteve no Brasil para shows e para filmagens de um documentário sobre o violino ao longo do mundo. Apreciador de Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Gilberto Gil, Milton Nascimento e Tom Jobim, ele disse ao GLOBO: “Quando eu faço um concerto, ele é muito particular, porque é como uma viagem ao redor do mundo dos violinos. A música brasileira é muito forte, é que nem o futebol.”
Didier Lockwood morreu em 18 de fevereiro de 2018, aos 62 anos. Lockwood, que era casado com a soprano francesa Patricia Petibon, havia participado de um show na noite de sábado (17) no Bal Blomet, uma sala de jazz parisiense.
(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/musica – NOTÍCIAS – MÚSICA / CULTURA / Por EFE – 18 Fevereiro 2018)
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/02 – ILUSTRADA / Por AFP – 18.fev.2018)
(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura/musica – CULTURA / MÚSICA / Por O Globo – 19/02/2018)