Evaldo Braga (1948-1973), cantor e compositor fluminense de estilo popular, que vendeu 100 000 exemplares do compacto “Eu Só Quero É Lhe Ver”, mais de 35 000 cópias do LP “Ídolo Negro” e mais de 60 000 de “Ídolo Negro, volume II”, todos na Polydor-Philips; Trabalhou por muito tempo como engraxate, nas portas de rádios e gravadoras. Com esta ocupação conheceu diversos artistas; entre os quais Nilton César, que ofereceu-lhe a primeira chance de emprego no meio artístico, como seu divulgador. Com isso, conheceu Edson Wander e apareceu pela primeira vez no ramo musical, compondo “Areia no meu Caminho” juntamente com Reginaldo José Ulisses. A música foi gravada pelo cantor Edson Wander em seu primeiro disco, “Canto ao Canto de Edson Wander”, em 1968, e estourou nas paradas brasileiras, chegando a superar artistas do porte de Roberto Carlos. Com isso conheceu o produtor e compositor Osmar Navarro, que o convidou para gravar um disco na gravadora Polydor. Posteriormente teve músicas gravadas por Paulo Sérgio, um dos artistas que muito o ajudou no mercado musical.
Na música, celebrizou-se em 1969, no estilo “dor-de-cotovelo”, tendo firmado parceria com compositores como Carmem Lúcia, Pantera, Isaías Souza e outros. Popularizado pelos programas de Chacrinha na TV a partir de 1971, era conhecido pelas roupas espalhafatosas, anéis em todos os dedos e uma correntinha de prata presa ao punho e ligada aos anéis da mão direita; nunca trazia menos de cem fotos já autografadas para distribuir às fãs; abandonado pelos pais, viveu quase vinte anos no ex-SAM e atual Funabem; antes de tornar-se cantor, em 1970, trabalhou em agência funerária e foi engraxate. Evaldo Braga morreu dia 31 de janeiro de 1973, aos 25 anos, em desastre de carro, quando ia de Juiz de Fora para o Rio de Janeiro receber um Disco de Ouro no programa de Chacrinha, no sepultamento, no Rio de Janeiro, compareceram centenas de pessoas.
(Fonte: Veja, 7 de fevereiro, 1973 Edição n.° 231 DATAS – Pág; 13)