Considerado o primeiro cantor brasileiro a impor-se como astro popular
Patrício Teixeira (1893-1972), cantor e compositor carioca, que gravou discos ainda na fase mecânica, antes da introdução da eletricidade; considerado o primeiro cantor brasileiro a impor-se como astro popular, orgulhava-se de ter sido o primeiro homem do rádio nacional a ter carro, na década de 20; autor de Sabiá Laranjeira, O Trem Atrasou e Não Tenho Lágrimas, primeiro sucesso brasileiro no exterior; o primeiro a gravar “Uma Vez Flamengo, sempre Flamengo”; professor de violão de Nara Leão. Patrício Teixeira morreu em 9 de outubro de 1972, aos 82 anos, no Rio de Janeiro.
(Fonte: Veja, 18 de outubro, 1972 Edição n.° 215 DATAS – Pág; 86)
Cantor e violonista brasileiro nascido na Praça 11, à rua Senador Eusébio, na cidade do Rio de Janeiro, RJ, onde também morreu, também muito conhecido como professor de violão e editor de livros sobre o assunto. Não conheceu o pai nem a mãe e, morando no bairro Estácio de Sá, já sabia tocar violão sozinho aos 11 anos de idade.
Acompanhando-se ao violão, fazia serenatas na Vila Isabel e na Praça 11 (1910-1915). Trabalhou no comércio atacadista como vendedor pracista. Com o aparecimento do rádio, foi um dos pioneiros participando como cantor inicialmente na Rádio Clube do Brasil, passando para a Guanabara, Cajuti, Sociedade, Mayrink Veiga e outras. Somou quase trinta anos prestando serviços em emissoras de rádio. Cantando, passou pelas gravadoras Odeon, Parlophon, Columbia e Victor.
Era muito amigo dos chorões da época, como Pixinguinha e Donga, com quem fez uma excursão pelo Brasil (1928), Villa-Lobos, Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco. Dono de um repertório vasto e diversificado, gravou muitas modinhas, sambas de partido-alto, emboladas, toadas sertanejas e músicas carnavalescas. Começou a dar aula de violão (1926), tendo sido professor de várias personalidades, entre as quais Linda Batista, Aurora Miranda e as irmãs Danuza e Nara Leão.
Viveu seus últimos dias no bairro carioca da Gávea, numa chácara do amigo Oswaldo Rizzo, em cujo jardim existe um busto de bronze modelado pela esposa Carmélia Rizzo em sua homenagem. Seus principais sucessos como intérprete foram Gavião Calçudo (1929), Xo-xo (1930), Samba de fato (1932), Perdi minha mascote (1933), Sabor do samba (1934), Não tenho lágrimas (1937), Diabo sem rabo (1938), No tronco da amendoeira (1939) e Sete horas da manhã (1941).
(Fonte: www.brasilescola.com/biografia)