Bob Guccione, fundador e editor da revista masculina Penthouse, pioneiro do erotismo

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Foi o primeiro a colocar nas páginas de uma revista mulheres completamente nuas

Bob Guccione, fundador e editor da revista masculina Penthouse, pioneiro do erotismo
Bob Guccione, que começou a publicar a Penthouse no Reino Unido em 1965 e quatro anos mais tarde nos Estados Unidos, foi o primeiro a colocar nas páginas de uma revista mulheres completamente nuas, fotografadas de frente e sem censura.
Mais atrevida do que a revista Playboy de Hugh Hefner, a Penthouse se tornou muito popular nos anos 70 e, em 1982, Bob Guccione havia construído um império editorial e acumulado uma fortuna estimada em 400 milhões de dólares.

Mas ele não soube levar a pornografia às novas mídias, como vídeo e internet. Este erro, combinado com investimentos financeiros desastrosos, especialmente o de um cassino, fez com que perdesse tudo, do gigantesco apartamento em Nova York à coleção de pinturas impressionistas.

Nascido no Brooklyn em 1930, de uma família de imigrantes sicilianos, ele foi criado como católico e pensou por um tempo em se tornar padre.
Decidiu se casar, mas logo abandonou esposa e filho para tentar a sorte como pintor na Europa.
Depois da experiência, criou a Penthouse, onde assinava várias fotografias, inclusive a da página dupla no centro da revista.

Além de sua atividade como editor, Bob Guccione também financiou parte do filme “Calígula” de Tinto Brass (1979), que pretendia ser a primeira fita não pornográfica contendo cenas de sexo explícito. O filme foi um fracasso de crítica e financeiro.

A editora da Penthouse, a General Media Inc., cuja maioria das ações (85%) pertencia a Bob Guccione, faliu em 2003. A revista está hoje nas mãos da FriendFinder Networks Inc., dona de sites eróticos que já havia tentado, sem sucesso, tomar o controle da Playboy em julho passado.
Bob Guccione, morreu dia 20 de outubro de 2010, de câncer aos 79 anos no Texas (sul dos Estados Unidos).

Bob Guccione, falecido em um hospital de Plano, Texas, vivia com sua quarta mulher e tinha cinco filhos.
(Fonte: br.noticias.yahoo.com – 21 de outubro de 2010)

 

 

 

 

Bob Guccione (17 de setembro de 1930 – Texas, 20 de outubro de 2010), fundador e editor da revista ponográfica “Penthouse”. Trouxe a nudez frontal às revistas masculinas e construiu um império multimilionário no ramo de publicações
Guccione trouxe a nudez frontal completa para revistas masculinas e construiu um império editorial multimilionário sobre o sucesso da “Penthouse”.

Bob Guccione era um dos três editores de revistas eróticas mais conhecidos, junto a Hugh Hefner – criador da “Playboy” – e Larry Flynt – fundador da “Hustler”.

O sucesso financeiro da Penthouse se deve a mistura de fotos picantes, jornalismo investigativo, ficção científica e colunas de conselhos sexuais.

Guccione ganhou manchetes no mundo inteiro e multiplicou as vendas da “Penthouse” com a publicação de fotografias da primeira negra a ter o título de miss América, Vanessa Williams, em 1984, e de Madonna em 1985.

Nascido Brooklyn, trabalhava como caricaturista e gerente de um lava-carros em Londres quando teve a ideia de lançar uma revista mais explícita e voltada a “homens normais”, diante da “Playboy”, que cultivava uma imagem mais moderada.

Tudo começou com um empréstimo, uma ideia e um acidente, lembra o jornal “The New York Times”.
O crédito era de US$ 1.170. A ideia era criar uma nova revista para adultos que superasse o sucesso da “Playboy”. E o acidente ocorreu por causa de uma antiga agenda com endereços postais.

Ele enviou os folhetos pornográficos a clérigos, alunas, aposentados e esposas de membros do Parlamento britânico.

A indignação e os protestos perante o conteúdo dos folhetos foram enormes e Guccione recebeu uma multa de US$ 264 por enviar por correio material “indecente”.

Mas graças a esta publicidade, as 120 mil cópias do primeiro exemplar da “Penthouse” se esgotaram em poucos dias e Guccione, que então tinha 35 anos e era um artista que tentava sobreviver a duras penas, estava a caminho de se transformar em um dos grandes da indústria pornográfica.
Guccione, que viveu na Europa durante mais de dez anos, levou a revista aos Estados Unidos em 1969 e transformou a “Penthouse” em uma das maiores e mais conhecidas marcas do setor.

No início dos anos 1980, já era um dos homens mais ricos dos EUA, líder da General Media, um império editorial avaliado em US$ 300 milhões dono da “Penthouse”, que registrava circulação mensal de 4,7 milhões de exemplares em 16 países.
Após lançar sua revista em 1965, Guccione criou um império de mídia erótica e pornográfica que rompeu tabus, ofendeu os mais conservadores e o levou a faturar milhões de dólares. No entanto, vários investimentos ruins e a concorrência com a internet acabaram com a obra de sua vida.

A “Penthouse” atingiu sua maior popularidade em setembro de 1984, quando publicou fotos eróticas de Vanessa Williams, a primeira afro-americana eleita Miss Estados Unidos e que hoje é cantora e atriz. Vanessa teve de devolver a coroa, mas a revista conseguiu com ela vender 6 milhões de exemplares, faturando US$ 14 milhões.

Talvez o maior fracasso tenha sido o investimento de US$ 17,5 milhões na produção de 1979 do filme “Calígula”, com atores como Malcolm Mcdowell, Helen Mirren, John Gielgud e Peter O’Toole. O filme não agradou os estúdios cinematográficos pelas cenas de sexo lésbico explícito e de incesto, mas se transformou no DVD mais popular da General Media.

Em 2003, a empresa anunciou falência e um investidor da Flórida adquiriu a “Penthouse” no ano seguinte em um leilão. A revista tinha se transformado na primeira grande vítima da internet e pertence agora ao grupo FriendFinder Networks.

Os problemas financeiros obrigaram Guccione a vender em 2002 sua coleção de artes em um leilão. Quatro anos depois teve que se desfazer de sua mansão nova-iorquina.

A revista “Forbes” situou, em 1982, o patrimônio de Guccione em US$ 400 milhões. Sua coleção de obras de arte, que tinha um valor estimado de US$ 150 milhões, incluía quadros de Degas, Renoir, Picasso, El Greco, Dalí, Matisse e Chagall.

Antiguidades decoravam sua casa em Nova York.
O editor também possuía uma das maiores mansões em Manhattan. Porém, perdeu parte de seu império devido à censura da era Reagan, a uma série de fracassos comerciais e após a chegada da internet com sua pornografia gratuita.
“CALÍGULA”

Talvez o maior fracasso tenha sido o investimento de US$ 17,5 milhões na produção de 1979 do filme “Calígula”, com atores como Malcolm Mcdowell, Helen Mirren, John Gielgud e Peter O’Toole.

As cenas de sexo permaneceram censuradas por quase 30 anos e somente em 2008 o governo britânico liberou o filme sem veto algum, sob a avaliação “filma para adultos”.

O filme original, rodado em 1979, tinha roteiro de Gore Vidal, e contava com estrelas como Malcolm McDowell, Helen Mirren, Peter O’Toole e John Gielgud.

No entanto, e segundo conta a edição digital do diário britânico “Daily Telegraph”, o produtor do filme e Guccione, considerou que não tinha “conteúdo sexual suficiente”.

Por isso, Guccione filmou de forma secreta cenas de sexo lésbico explícito, incesto e zoofilia, e as incluiu na edição do filme.

O filme nunca recebeu o sinal verde das autoridades britânicas para sua exibição nos cinemas do país. Quase três décadas depois, a BBFC mudou de parecer, e aceitou a comercialização na íntegra desta edição, devido a seu “interesse histórico”.

FALÊNCIA

Em 2003, a empresa anunciou falência e um investidor da Flórida adquiriu a “Penthouse” no ano seguinte em um leilão.

A revista tinha se transformado na primeira grande vítima da internet e pertence agora ao grupo FriendFinder Networks.

Os problemas financeiros obrigaram Guccione a vender em 2002 sua coleção de artes em um leilão. Quatro anos depois teve que se desfazer de sua mansão nova-iorquina.

Guccione se casou quatro vezes. Ele deixa quatro filhos. Bob Guccione, morreu vítima de câncer na quarta-feira, dia 20 de outubro de 2010, aos 79 anos, no Texas (EUA).

A esposa de Guccione, April Dawn Warren Guccione, e dois de seus filhos estavam a seu lado no momento da morte.
(Fonte: www1.folha.uol.com.br – Ilustrada/ Agências Internacionais – Por Richard Drew – 21/10/10 – www.ultimosegundo.ig.com.br – Mundo)

 

 

 

 

 

 

Pela primeira vez na história das revistas de sexo, aparecia em suas páginas a fotografia de uma mulher inteiramente nua

Guccione: o reinventor das revistas de sexo

Há dez anos (1964), havia exatamente 86 revistas que mostravam fotografias de mulheres mais ou menos despidas e tratavam o sexo como uma excelente mercadoria a ser comerciada. A principal delas era a americana Playboy (5 milhões de exemplares mensais), seguida de muito longe por todas as outras. Sua principal concorrente mal passava dos 100 000 exemplares. Sem dúvida, esse desnível no consumo de senhoritas desnudas e artigos dirigidos ao público masculino mostrava haver lugar para outras tentativas na área. Robert Charler Joseph Edward Sabatini Guccione resolveu preencher o espaço vazio.

Em Londres, onde morava, Guccione editou por conta própria o primeiro número da revista Penthouse, e sem surpresa viu seus 120 000 exemplares se esgotarem em cinco dias. Em 1968, deu nova pátria à revista, os Estados Unidos, e em setembro de 1970, pela primeira vez na história das revistas do gênero, aparecia em suas páginas a fotografia de uma mulher inteiramente nua. “Isto não é fotografia, é pornografia”, rugiu Hugh Hefner, dono do império Playboy, que além da revista agrupa clubes noturnos, hotéis e negócios relacionados com a produção de filmes. Três meses mais tarde, no entanto, Hefner repetia nas páginas de Playboy a ousadia de Penthouse e se rendia à evidência de que tinha pela frente, finalmente, um perigoso rival.

Seriedade – Guccione, 43 anos, um americano com a aparência de um vilão de faroeste siciliano, conseguiu que, apenas nos últimos cinco anos, a circulação de Penthouse subisse para 4 milhões de exemplares. Mas a circulação de Playboy – atualmente com 6,4 milhões de exemplares -, ainda continua maior.

Na verdade, vender mais é certamente o prêmio para quem inventou as revistas de sexo, há vinte anos. Hugh Hefner editou Playboy com muito mais seriedade do que poderia esperar. Não colocava em cena apenas suas curvilíneas e provocantes mulheres despidas, mas rodeava-as de artigos onde expunha seus próprios pontos de vista, além de depoimentos de pessoas expressivas e famosas.

Com essa técnica, Hefner levou Playboy a ser consumida pela conservadora classe média, que jamais compraria uma revista unicamente para ver e ler sobre sexo. Mas a verdadeira batalha continua entre os dois grandes impérios, Playboy contra Penthouse. Guccione, que já foi detetive particular, ator, pintor e cartunista,entre outras ocupações, não se intimida e relembra como foi salvo das águas do mar, aos 8 anos. “O que me tirou do mar não sabia que quem estava salvando iria influenciar tanto a vida de milhares de pessoas”, diz ele.

(Fonte: Veja, 10 de julho de 1974 –- Edição 305 -– VIDA MODERNA/ A guerra dos nus – Pág; 77)

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