Moacir C. Lopes (1927-2010), escritor cearense, autor de ‘A Ostra e o Vento’. Moacir completou 50 anos de carreira e escreveu mais de 20 obras.
Moacir C. Lopes nasceu em Quixadá, no Ceará, e após completar os estudos em Fortaleza, se mudou para o Rio de Janeiro. O escritor era um leitor compulsivo e adorava a literatura de cordel.
Moacir criou o seu próprio método de criação literária, que resultou no livro Guia prático da criação literária, lançado pela Quartet Editora, em 2001.
Em 2010, Moacir comemorou 50 anos de literatura. Ele escreveu mais de 20 livros, como a biografia do imperador romano Calígula e o romance a Ostra e o Vento, adaptado para o cinema por Walter Lima Junior. O escritor Moacir C. Lopes morreu , no domingo (21/11), no Rio de Janeiro. Aos 83 anos, Moacir morreu em casa, vítima de um câncer.
(Fonte: g1.globo.com – Pop & Arte – Rio de Janeiro 21 de novembro de 2010)
“Maria de Cada Porto” é o romance de estréia de Moacir. C, Lopes. O autor integra o grupo rarefeito de escritores espontâneos que procuram exprimir as experiências vividas fugindo da racionalidade da literatura convencional.
A obra começou a ser escrita em 1950, nove anos antes de sua publicação, quando o autor se alistou como cabo de esquadra na Marinha.
O livro narra a vida de marinheiros náufragos durante a Segunda Guerra Mundial. É uma narrativa ousada do drama destes marinheiros que, enquanto esperam a salvação ou a morte, refletem sobre sua rotina e sobre o seu passado de festas, amores e desamor em cada porto por qual passam.
A obra rendeu ao autor os prêmios Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras, e Fábio Prado da União Brasileira de Escritores de São Paulo. Também foi adaptado para o rádio-teatro em Portugal e na Polônia.
O autor
Moacir C. Lopes nasceu em 1927 em Quixidá. De família humilde, trabalhou numa padaria em Fortaleza enquanto cursava o curso técnico. Ingressou na marinha em 1942, no Rio de Janeiro, e viajou para diversos lugares do Brasil e do exterior num período de oito anos. Participou dos combates durante a Segunda Guerra Mundial, tornando-se especialista em motores, tática anti-submarina e radar.
Foi consagrado pelo seu primeiro romance “Maria de Cada Porto”, conquistando vários prêmios. Estabeleceu-se como editor em 1968 e já contava com aclamadas obras: “Chão de Mínimos Amantes” (1961), “Cais, Saudade em Pedra” (1964), “A Ostra e o Vento” (1964), “O Navio Morto” (1965), “Os Dez Mandamentos”, “João Conguinho” (ambos de 1967), “HIstórias do Amor Maldito” e “Belona, Latitude Noite” (ambos de 1968).
(Fonte: www.pco.org.br – 6 de abril de 2008)