Bernardino Ramazzini, médico italiano, professor da Universidade de Pádua, que no começo do século 18, publicou um trabalho pioneiro, o livro chamado De Morbis Artificum Diatriba (Doenças dos Trabalhadores naquela época, livro que se prezasse tinha de ser escrito em latim). Observa Ramazzini que Hipócrates, o pai da medicina, aconselhava os médicos a perguntarem aos pacientes acerca de dores, de alimentação, de hábitos.
E de fato, desde a Antigüidade, o trabalho era reconhecido como algo capaz de causar doença, invalidez, morte. Mas isso, em tempos que a mão-de-obra era formada por escravos ou servos, não tinha muita importância para ricos e poderosos. Foi somente com a modernidade que a saúde do trabalhador passou a ser levada em conta. Com o progressivo surgimento de oficinas, e depois de fábricas, a massa trabalhadora foi crescendo. As reivindicações aumentavam, a medicina progredia, a legislação social foi surgindo. E assim a saúde ocupacional foi se firmando como uma parte importante da saúde pública.
Ramazzini também pergunta qual a profissão da pessoa. Porque argumenta, a postura dos trabalhadores em certos ofícios, os movimentos que fazem, podem causar lesões ou deformidades.
Ramazzini estuda cerca de 50 profissões (pederiros, mineiros, amas), mas classifica os judeus como uma categoria, observando que eles se dedicam à confecção eo comércio de roupas. Não escapa ao anti-semitismo da época (É uma raça ambiciosa), mas, surpreendentemente admite que também estão sujeitos a doenças causadas pelos ambientes insalubres das ofocinas de confecção. Ou seja: porque têm doenças profissionais, os judeus também são seres humanos.
Estudo pioneiro na área da saúde do trabalhador
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