Pioneiro da land art, gênero conhecido pela intervenção artística na paisagem

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Foi pioneiro da arte conceptual

Dennis Oppenheim, pioneiro da arte conceptual (Foto: READING POSITION FOR SECOND DEGREE BURN FERNANDO VELUDO)

Dennis Oppenheim, pioneiro da arte conceptual (Foto: READING POSITION FOR SECOND DEGREE BURN FERNANDO VELUDO)

Dennis Oppenheim (Electric City, Washington, 6 de setembro de 1938 – Manhattan, Nova York, 21 de janeiro de 2011), artista plástico norte-americano, pioneiro da land art, gênero conhecido pela intervenção artística na paisagem.

Oppenheim, nascido em 1938, em Electric City, Washington, realizou obras de diversas naturezas, da fotografia à arte conceitual, passando pela body art e a performance.

Morando em Nova York desde 1965, um de seus primeiros trabalhos conhecidos foi justamente Reading Position for Second Degree Burn, de 1970, em que mostrava como se bronzear com um livro no peito, deixando registradas a sombra do volume sobre a pele.

Entre 1970 e 1974, Oppenheim esteve envolvido em diversos projetos que exploraram as fronteiras entre arte e vida, colocando em risco o próprio corpo em performances, a exemplo de outros artistas radicais do período.

Precursor da chamada land art deixa vasta obra espalhada por inúmeros museus, entre eles Serralves

O artista norte-americano Dennis Oppenheim, uma das referências da arte da segunda metade do século XX, escultor, pioneiro da arte conceptual, da chamada land art e da body art, com um percurso marcado pela descontinuidade

Em Portugal o seu trabalho foi acompanhado ao longo dos anos por Serralves, tendo estado várias vezes na Fundação. “Esteve connosco, pela primeira vez, numa exposição individual, em 1996, onde apresentou obras recentes”, recorda o director de Serralves João Fernandes.

Regressou depois para a exposição Circa 68, que inaugurou o Museu em 1999. “Apresentamos uma série de obras dele dos anos 60 e 70, com o objectivo de as incorporar na coleção”, diz Fernandes. Para além dessas obras, Serralves detém trabalhos fotográficos seus que documentam as ações de land art – “ele foi dos primeiros artistas a fazer obras de arte para o exterior dos museus, transformando a própria paisagem na obra de arte”, diz João Fernandes – e também vídeos que documentam o trabalho comperformance e body art, da qual foi também pioneiro.

Na exposição Off The Wall, que será inaugurada em Maio, numa co-produção de Serralves com o museu Whitney de Nova Iorque, serão apresentadas também obras da sua autoria.

Nascido em Electric City, Washington, em 1938, o seu percurso é marcado pela curiosidade aventureira. Iniciou os estudos de arte em 1959 no Califórnia College of Arts and Crafts, em Oakland, EUA, antes de rumar à Universidade de Stanford. Artista conceptual, no final dos anos 60 abraçou a land art, o que lhe deu reconhecimento internacional. Executou então a intervenção Projectos Agrícolas, que aborda o tema dos ciclos naturais.

Uma das peças mais imponentes desse período é Annual rings (1968), interrogação da ideia de lugar, que consistia numa série de círculos concêntricos traçados sobre a neve nas duas margens de uma ribeira. Paralelamente, voltou-se nos anos 70 para a body art, o vídeo e a performance, usando o corpo enquanto suporte para a representação ou enquanto documento da ação das formas naturais. Em Reading position for second degree burn (1970) deitava-se ao sol durante cinco horas com um livro sobre o peito, até que a pele ficasse queimada e a silhueta do livro gravada sobre o corpo.

No final dos anos 70 produziu objectos que representavam máquinas sem função, animadas com luz e som. Quase todas as intervenções dessa fase são enquadráveis em princípios conceptualistas, conferindo mais importância ao processo do que ao carácter objectual.

A partir de 1986 o seu trabalho adquire uma expressão irônica. As esculturas são geralmente figurativas, abordam a oposição ou manipulação das escalas dos objetos, ou as analogias formais e as mudanças de materiais. As peças Finger churches (1994) ou Device to root to evil (1996) testemunham esta última fase. A sua obra encontra-se espalhada pelo mundo, do MoMA de Nova Iorque à Tate Gallery de Londres.

Oppenheim morreu no dia 22 de janeiro de 2011, aos 73 anos, de câncer no fígado.

(Fonte: Zero Hora – Ano 47 – Nº 16.578 – Memória – 25 de janeiro de 2011)

(Fonte: http://www.publico.pt/culturaipsilon/jornal – CULTURA ÍPSILON/ Por   – 25/01/2011)

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