Atriz protagonizou o primeiro beijo lésbico da TV brasileira, em 1963
Geórgia Gomide (São Paulo, Jardins, em 17 de agosto de 1937 – São Paulo, 29 de janeiro de 2011), atriz paulistana que atuou em mais de sessenta novelas, começando em 1963 na TV Tupi, e protagonizou o primeiro beijo gay da história da TV brasileira, no teleteatro Calúnia, no mesmo ano.
Nascida em 1937 no elegante bairro dos Jardins, de uma tradicional família de artistas, intelectuais e diplomatas, Elfriede Helene Gomide Witecy começou a se destacar pela beleza ainda na adolescência, nos bailes do Clube Pinheiros, onde foi eleita “a mais bela esportista”. A beleza chamou atenção do produtor da TV Tupi Fernando Severino. Atuou em dezenas de teleteatros, formato tradicional dos primórdios da TV brasileira, como Tereza, onde, no papel de vilã, chegou a apanhar na rua. Em Calúnia, ela escandalizou a sociedade ao protagonizar uma professora lésbica.
A primeira novela foi Moulin Rouge, a Vida de Toulouse-Lautrec, em 1963. Os personagens mais marcantes foram Ana Terra em O Tempo e o Vento, na TV Excelsior, Clara em As Pupilas do Senhor Reitor, na Record e Clotilde em Éramos Seis, na Tupi. Mais recentemente atuou na Globo, em Vereda Tropical, Quatro por Quatro, Anos Rebeldes, Kubanacan e Malhação, onde viveu a Mamma Francesca. No SBT, participou do remake de Direito de Nascer. No cinema, atuou em filmes dos Trapalhões e de José Mojica Marins, o Zé do Caixão, como Exorcismo Negro, de 1974.
Geórgia morreu dia 29 de janeiro de 2011, aos 73 anos, de infecção generalizada, no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo.
(Fonte: www.diversao.terra.com.br – 29 de janeiro de 2011)
Georgia, cujo nome verdadeiro era Elfriede Helene Gomide Witecy, participou de mais de 40 novelas, como “O Tempo e o Vento”, “Anos Rebeldes” e “Quatro por Quatro”, e uma dezena de filmes. A atriz protagonizou, com sua colega Vida Alves, em 1966, o primeiro beijo homossexual da televisão brasileira.
(Fonte: www.br.noticias.yahoo.com – 29 de janeiro de 2011)
Elfriede Helene Witecy nasceu em São Paulo, em 17 de agosto de 1937.
De personalidade forte e marcante, freqüentava o Clube Pinheiros de São Paulo, quando ganhou o título de “A mais bela esportiva”.
Logo, foi descoberta pelo Diretor Comercial da Tv Tupi, Fernando Severino, quando foi contratada como atriz, e virou Geórgia Gomide. Sua primeira aparição na teledramaturgia foi em “Os Filhos de Eduardo”, dirigida por Wanda Kosmos.
Depois vieram Gimba, Srta Julia, Moral e Concordata.
Em Calunia, Georgia fazia uma professora homossexual. E a personagem ganhou grande destaque na novela.
Mas seu grande papel foi em Tereza, onde fez sua primeira protagonista, chegando a apanhar na rua.
Nascia uma estrela…
Depois disso vieram grandes trabalhos em todas as emissoras que passou.
Na TV Excelsior, fez brilhantemente “Ana Terra”, dirigida por Dionísio Azevedo, recebendo uma carta escrita de próprio punho pelo próprio Érico Veríssimo elogiando muito o trabalho da atriz.
Na TV Record, fez grandes produções como “A última testemunha”, “Algemas de Ouro”, “As pupilas do Senhor Reitor” e depois voltou para a TV Tupi.
Fez “A Fábrica”, trabalhando com o inesquecível Geraldo Vietri, e depois vieram “Gaivotas”, “Aritana”, ficando até a TV Tupi fechar, fazendo a novela célebre “Éramos Seis”.
Se afastou da televisão, voltando em seguida pelas mãos de Silvio de Abreu, e dando um show de interpretação como Bina em “Vereda Tropical”.
Depois vieram “Mico Preto”, “Hipertensão”, dentre outras.
Fez participações especiais em “Linha Direta”, “A Diarista” e “Malhação”.
No Teatro…
Fez “O estranho casal”, “O vison voador”, “Adios Gerarda”, “A volta do Messias” e “Sete mulheres em mim”, dentre outras.
No Cinema…
Em 1963, chega ao cinema em uma co-produção Alemanha/Brasil “Mord in Rio” (Noites quentes de Copacabana), com direção de Horst Hachler.
Atuou, posteriormente, em “Quatro Brasileiros em Paris”, sob a direção de Geraldo Vietri, mas teve seu papel de destaque em “Corsico , o Diabo Loiro”, em 1969.
Fez algumas pornochanchadas como “A Super Fêmea”, ao lado de Vera Fischer, e “O sexo mora ao lado”, sob a direção de Ody Fraga.
Atuou também em filmes de José Mojica Marins (Zé do Caixão), como “Exorcismo Negro”.
Essa é a nossa pequena e sincera homenagem a uma das nossas pioneiras da televisão!
(Fonte: www.thtv.com.br – RUVIN SINGAL/ 18 de julho de 2008)
RUVIN SINGAL
Advogado e professor da Universidade Mackenzie, Mestre em Educação, História da Arte e História da Cultura. Pesquisador em teledramaturgia, apaixonado pela arte brasileira.