José Gomes Talarico (1915 – 2010), jornalista e assessor de Jango

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José Gomes Talarico (São Paulo, 1915 – Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2010), jornalista e assessor de Jango.

Eis uma amostra do que José Gomes Talarico ajudou a criar: a UNE, nos anos 30, o sindicato dos jornalistas no Rio de Janeiro, nos anos 40, o PTB, em 1945, e o PDT, em 1980.

Em São Paulo, onde nasceu, sua agitação começou cedo: ainda adolescente, foi preso por apedrejar a sede do Partido Republicano, do qual seu pai, arquiteto, era membro.

Estudou criminologia e filosofia, curso que não concluiu por ser muito inquieto, conta a mulher, Francisca.

Em 1940, ao propor o título de doutor honoris causa da Faculdade de Direito da USP para Getulio Vargas, acabou perseguido: foi a vez de sua casa ser apedrejada e se viu forçado a ir morar no Rio.

No jornalismo, Talarico começou repórter em 1933, no “Correio Paulistano”. No Rio, trabalhou em “A Noite”.

Teve funções no Ministério do Trabalho, como a de presidente do comitê de imprensa. Em 1962, elegeu-se deputado estadual pelo PTB e se tornaria assessor sindical de João Goulart na Presidência.

Ajudou a organizar o comício da Central do Brasil em 1964. Mas aí veio o golpe. A partir dali, foi preso 28 vezes e torturado. Continuou em contato com Jango no exílio.

Em 1982, já com a anistia, foi eleito deputado estadual e deixou de ser líder do governo Brizola na Assembleia do Rio, após defender uma coalizão com o PTB e o PMDB.

Ainda foi conselheiro do Tribunal de Contas, onde se aposentou. Em 1988, foi para o PMDB. Longe da política, continuou ativo na Associação Brasileira de Imprensa.

Morreu no dia 6 de dezembro de 2010, aos 95 anos, no Rio de Janeiro, de falência de órgãos.

(Fonte: www1.folha.uol.com.br – ESTÊVÃO BERTONI
-09/12/2010)

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