Osvaldo Bayer, defensor da Patagônia e dos direitos humanos
Escritor e historiador argentino
Considerado um dos maiores intelectuais argentinos do século XX, Osvaldo Bayer promoveu a luta pelos direitos humanos e impulsionou fortemente os julgamentos de crimes da ditadura argentina
Um dos principais intelectuais argentinos, militava também pelos direitos humanos
O respeitado intelectual, que se considerava “um anarquista e pacifista inveterado”, foi o principal pesquisador dos eventos ocorridos na chamada Patagônia trágica, sobre a resistência sindical anarquista de operários e peões, que terminou em um massacre entre 1920 e 1921 nesta região do sul da Argentina.
Seu livro de pesquisas e testemunhos, “Los vengadores de la Patagonia Trágica”, escrito no começo da década de 1970, inspirou o filme “A Patagônia Rebelde”, de Héctor Olivera (1974), protagonizado pelos atores Héctor Alterio, Federico Luppi, Pepe Soriano e Luis Brandoni, e do qual Bayer foi corroteirista.
O respeitado intelectual, que se considerava “um anarquista e pacifista inveterado”, foi o principal pesquisador dos eventos ocorridos na chamada Patagônia trágica, sobre a resistência sindical anarquista de operários e peões, que terminou em um massacre entre 1920 e 1921 nesta região do sul da Argentina.
As redes sociais repercutiram a notícia, lamentada por organismos de direitos humanos, colegas, partidos e dirigentes de esquerda e centro-esquerda, que despediram “o último dos anarquistas românticos”.
“O jornalista deve se orientar pela ética, cuidar da verdade e estar sempre ao lado dos que sofrem”, escreveu um simpatizante no Twitter, reproduzindo um pensamento do próprio Bayer.
As organizações Anistia Internacional, Mães da Praça de Maio, Avós da Praça de Maio, HIJOS (de desaparecidos), Correpi (contra a violência institucional) foram algumas das que expressaram luto pela morte do escritor.