Espanhol teve quadro no Fantástico e ficou famoso pelo bordão “Isso non ecziste”para desmascarar charlatões.
Jesuíta espanhol radicado no Brasil se especializou em parapsicologia e em desvendar truques de curandeiros e místicos, com no popular quadro que teve no “Fantástico”, na TV Globo
Conhecido pelo bordão ‘isso non ecziste’, colaborador do programa ‘Fantástico’ era ‘O Caçador de Enigmas’
Oscar González Quevedo Bruzan, o Padre Quevedo, é considerado um dos maiores especialistas do mundo na área de parapsicologia e autor de dezenas de livros, muitos dos quais traduzidos para outras línguas, como “O que é parapsicologia”, “A Face Oculta da Mente” e “As Forças Físicas da Mente”. Além de parapsicologia, era formado em filosofia, teologia e humanidades clássicas.
Natural de Madri e naturalizado brasileiro, Padre Quevedo era o protagonista do quadro ‘O Caçador de Enigmas’, no programa Fantástico, da TV Globo. Ele desvendava mistérios e tirava a ‘máscara de charlatões’. Ao conseguir desmentir um caso, o religioso sempre dizia ‘isso non ecziste’.
Na década de 1970, ficou famoso por desmascarar o ilusionista Uri Geller, que dizia entornar talheres com seus poderes paranormais.
“Isso non ecziste”
O religioso ganhou, anos depois, um quadro no Fantástico para desvendar fenômenos da natureza e desmascarar charlatões. Ficou famoso pelo bordão “Isso non ecziste”.
O Caçador de Enigmas foi ao ar entre janeiro e maio do ano 2000, com apresentação de Cid Moreira que, diante de um fundo preto, parcialmente iluminado, apresentava o assunto do dia em clima de mistério: “esse é um caso para padre Quevedo.”
O religioso investigou casos como o de gêmeas que diziam sentir as mesmas coisas, mesmo estando separadas; expôs a farsa de uma casa mal-assombrada; interpretou gravações impostores diziam ser do além; comentou casos de premonição envolvendo a queda do Fokker da TAM.
Naturalizado brasileiro
Segundo a Ordem dos Jesuítas, Padre Quevedo ingressou na Companhia de Jesus aos 15 anos. Em 1959, aos 29 anos, chegou ao Brasil e, na década de 1960, naturalizou-se brasileiro.
Ele foi professor universitário de parapsicologia no Centro Universitário Salesiano de São Paulo (Unisal) e no Centro Latino-Americano de Parapsicologia (Clap), onde também foi diretor.
Padre Quevedo, Caçador de Enigmas
‘Isso non ecziste’. Entre 2 de janeiro e 5 de maio de 2000, Padre Quevedo, jesuíta espanhol radicado no Brasil, aparecia no Fantástico para desvendar fenômenos da natureza e desmascarar charlatões.
A ideia do quadro surgiu em agosto de 1999, quando a produção do programa decidiu colocar no ar um quadro que seguisse a linha de Mister M, sucesso de audiência naquele ano. Após negociações, Padre Quevedo aceitou o convite, dizendo que não interpretaria nenhum personagem, já que era um estudioso com a missão de “desmistificar essa mentalidade mágica que envolve os fenômenos parapsicológicos”.
O Caçador de Enigmas tinha apresentação de Cid Moreira que, diante de um fundo preto, parcialmente iluminado, apresentava o assunto do dia em clima de mistério: “esse é um caso para padre Quevedo.”
O religioso investigou casos como o de gêmeas que diziam sentir as mesmas coisas, mesmo estando separadas; expôs a farsa de uma casa mal-assombrada; interpretou gravações impostores diziam ser do além; comentou casos de premonição envolvendo a queda do Fokker da TAM.
O quadro teve produção de Celso Lobo, fotografia de Edison Santos, Gilmário Batista, C. Paquetá; edição de imagens de Roberto Cavalcanti; reportagem e edição de Luiz Petry.