Carlos Monsiváis, o maior escritor, ensaísta, jornalista, nascido na Cidade do México

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Carlos Monsiváis foi um dos escritores mais populares do México. (Fonte: elhebdomadario.blogspot.com)

Carlos Monsiváis foi um dos escritores mais populares do México. (Fonte: elhebdomadario.blogspot.com)

Carlos Monsiváis (Cidade do México, 4 de maio de 1938 -– Cidade do México, 19 de junho de 2010), um dos escritores mais populares do México. O maior escritor, ensaísta, jornalista, nascido na Cidade do México, em 4 de maio de 1938, estudou na Escola de Economia e na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade Nacional Autônoma do México. É autor de obras como Días de Guardar e Amor Perdido. Considerado o grande cronista da Cidade do México, um dos mais talentosos cronistas do México contemporâneo, uma das principais personalidades do país.

Escritor prolífico, de agudeza intelectual, era considerado um indispensável analista da vida nacional. A maior parte de sua obra literária foi focada no México. Era um patriota. um dos mais populares autores do México.

Monsiváis morreu dia 19 de junho de 2010, aos 72 anos, na capital mexicana, Cidade do México.
(Fonte: Zero Hora – Ano 47 -– 1° de julho de 2010 – Memória – Pág; 54)

 

 

 

O maior escritor, ensaísta, jornalista e testemunha quase cruel da sociedade e política do México deixou o vazio dos imprescindíveis. Podia falar tanto, e com muito amor, da música ranchera e dos boleros de Agustín Lara; de Chiapas e do massacre da Praça da Paz Celestial; do melodrama e de Antonin Artaud; de telenovela e do massacre de Tlatelolco. Sua cabeça estava sempre aberta ao novo, aos fenômenos sociais, às conjunturas menos olhadas que, depois de seu comentário, adquiriam outra dimensão. Os livros e os gatos eram sua paixão. “Sem meus livros me seria impossível viver, e sem meus gatos também. Os livros não miam e os gatos não proporcionam sabedoria, por isso não poderia eleger. Preferiria, então, viver sem mim”, dizia. Dava conferências tanto nos mais requintados meios acadêmicos como em uma instituição de bairros. Até os taxistas conheciam Monsivais, e algumas candidatas a misses também disseram que o leram. Foi o último escritor público mexicano. Certa vez disse: “tenho visto as melhores cabeças da minha geração destruídas pela falta de loucura”.

Respondia às vezes o telefone com voz de velha, dizendo que não estava. Fazia isso com todos, quando não tinha vontade de se encontrar com quem telefonou. Até sua amiga de alma, a também escritora Elena Poniatowska, padeceu desse método. Isso me tranquilizou, porque também padeci. Conheci Monsivais e seus gatos nos anos 80 . Por essa época veio ao Rio para um congresso e esteve em minha casa, onde assistiu a velhos melodramas argentinos e brasileiros. Ficou até quatro horas da manhã comentando os filmes, as atrizes da época. Apaixonou-se por Cacilda Becker em “Floradas na serra”, e Jardel Filho, no mesmo filme, por sua postura firme. Adorou a Tônia Carreiro.

Ganhou diversos prêmios, entre eles o Juan Rulfo, e entre suas obras se encontram a fábula “Nuevo catecismo para indios remisos”, onde aparecem os preconceitos da elite mexicana para com os índios. São memoráveis suas crônicas como “Amor perdido”, em que entra no mundo do melodrama, e “Los rituales del caos”, no qual analisa as confusões cotidianas da sociedade mexicana.
Como defensor dos injustiçados em geral, recebeu uma saudação de adeus de Elena Poniatowsk. Uma saudação que o define: “Que vamos fazer sem ti, Monsi? Se você é o enfrentamento mais lúcido aos abusos do poder”.
Esta entrevista inédita foi feita em Caracas e abrange um dos temas fundamentais de seu trabalho: a telenovela

(Fonte: www.oglobo.globo.com.br)

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