Jochen Rindt (Mainz, 18 de abril de 1942 – Milão, 5 de setembro de 1970), piloto austríaco de Fórmula 1, ganhou o título mundial de 1970, mas morreu durante os treinos do Grande Prêmio da Itália, três corridas antes de poder comemorá-lo. O único piloto de GPs da história a ganhar o título de campeão mundial após a morte. Fittipaldi também ajudou o austríaco Jochen Jochen Rindt, então seu companheiro na equipe Lotus, a conquistar o título de 1970. Rindt liderava o campeonato com folga sobre o segundo colocado, o belga Jacky Ickx, até o GP da Áustria. No GP seguinte, na Itália, Rindt sofreu um acidente fatal. Com 45 pontos contra 19 de Ickx, ele só não seria campeão caso o belga vencesse as três últimas provas da temporada.
Era o dia 18 de Julho de 1970. Menos de um mês após o Brasil conquistar o tricampeonato de futebol no México, se iniciava uma nova era para o esporte brasileiro. Émerson Fittipaldi, aos 23 anos, disputava, pela primeira vez, um Grande Prêmio de Fórmula 1. O resultado na Inglaterra foi modesto: a 22a posição no grid e um 8o lugar a duas voltas do vencedor, Jochen Rindt.
Entretanto, é preciso que se diga que, enquanto Rindt e Miles corriam com o poderoso Lotus 72
Apenas em 2 de agosto de 1970 foi realizada a primeira prova de F1 na pista alemã, com a vitória do piloto austríaco Jochen Rindt. Hockenheim já foi um dos circuitos mais velozes da Fórmula 1, quando media 6.825 metros e possuía enormes retas que cortavam uma floresta que ocupava dois terços da área do autódromo.
O cinco de setembro de 1970 foi um dia triste na história da Fórmula Um. Com Rindt morreu um dos melhores embaixadores do esporte dele. Após a morte dele, ele passou a ser cultuado como herói, embora tenha conseguido vencer apenas seis grandes prêmios, igual Gilles Villeneuve. Os contemporâneos dele descrevem o esperto austríaco como, com uma expressão espirituosa, o James Dean da Fórmula Um. Jochen Rindt numa liga com Clark e Senna.
Foi a 5 de setembro de 1970, no GP de Itália que Jochen Rindt perdeu a vida. Para a maioria das pessoas, ele foi apenas o único campeão do mundo a título póstumo.
Outubro de 1970, Emerson Fittipaldi conquistava no Circuito de Watkins Glen, nos Estados Unidos , a primeira das 101 vitórias do Brasil na principal… após a morte de Jochen Rindt, então líder do Mundial. E, na etapa dos Estados Unidos , tinha a responsabilidade de tentar tirar pontos de Jacky Ickx…, algo pouco comum à época a poucas voltas do fim, dando a liderança ao brasileiro. Sem cometer erros, Fittipaldi levou seu Lotus à bandeira.
A saga de vitórias brasileiras na F1 começou em 4 de outubro de 1970, com Emerson Fittipaldi. Estreante naquele ano na Lotus, o piloto cruzou a linha de chegada em primeiro em Watkins Glen, Estados Unidos, a 12ª etapa do campeonato. Uma vitória que abriu as portas para o país na F1 e que também teve outro simbolismo, já que o título ficou com Jochen Rindt, companheiro de Emerson, morto no fim de semana do GP da Itália daquele ano.
(Fonte: Veja, 19 de maio de 1982 – Edição n° 715 – DATAS – Pág; 122 – ESPORTE – Pág; 87)
Tributo a Jochen Rindt: Um Senhor de si próprio
Foi a 5 de setembro de 1970, no GP de Itália que Jochen Rindt perdeu a vida, já lá vão 40 longos anos. Para a maioria das pessoas, ele foi apenas o único campeão do mundo a título póstumo. Mas para alguns, Karl Jochen Rindt foi um homem por quem muitos outros se apaixonaram.
Roy Winkelmann, seu chefe na Fórmula 2 entre 1966 e 1969, e Ron Dennis, seu mecânico na Cooper e na Brabham, sempre o consideraram um pioneiro e um experimentalista na arte de afinar o carro. Bernie Ecclestone, seu manager, foi também um amigo pessoal, que o ajudou a escapar à implosão da Cooper e o colocou sob o comando de Colin Chapman, na Lotus. Já Chapman nunca conseguiu ligar-se a Rindt do mesmo modo, não entendendo as necessidades do austríaco no “cockpit”. O jornalista Denis Jenkinson, seu crítico acérrimo, negou que Rindt fosse alguma vez capaz de vencer um Grande Prémio, apostando a sua famosa barba nesse facto. O piloto fê-lo pagar a aposta em Watkins Glen, em 1969.
A infância de Jochen Rindt foi tudo menos típica. Nascido em 1942 na cidade alemã de Mainz, perdeu os seus pais num bombardeamento Aliado em 1943, acabando por ser criado pelos avós maternos em Graz, na Áustria. Quando atingiu a maioridade, esperava-se que o jovem Rindt assumisse a sua herança como gerente da fábrica de especiarias que fora do seu pai, mas nunca se sentiu à vontade nesse papel, preferindo seguir a sua atracção pelo desporto motorizado.
Ciente do perigo da sua profissão e pouco confiante na sua habilidade, Rindt chegou a afirmar que “provavelmente não vou chegar aos 40 anos, mas vou ter experimentado mais coisas que qualquer outra pessoa até lá chegar”. Essa frase profética tornou-se realidade nos treinos para o Grande Prémio de Itália de 1970. Jochen Rindt tinha 28 anos.
Guiar seja o que for
Aos 19 anos, Jochen comprou um Simca Montlhery e prontamente tomou parte numa competição de rua, à qual se seguiu a sua primeira prova oficial, participando na Flugplatzrennen Innsbruck. A sua primeira vitória aconteceu em 1962, no circuito de Aspem ao volante um Alfa Romeo. Adquirindo um desactualizado Cooper T59 em 1963, Rindt começou a chamar atenção com alguns resultados interessantes na Fórmula Junior. A sua performance permitiu-lhe ingressar na Ford of Austria em 1964, vencendo o Troféu de Londres, em Crystal Palace, com um Brabham de Fórmula 2, o que valeu a entrada para a Cooper na Fórmula 1 no ano seguinte.
Mas não foi na Fórmula 1 que Rindt conheceu os primeiros sucessos. Em 1965, foi convidado para conduzir o Ferrari 275 LM da North American Racing Team nas 24 Horas de Le Mans, ao lado de Masten Gregory. O americano queria ganhar, mas Rindt não confiou no carro e tentou andar o mais depressa possível com o objectivo de avariar o Ferrari e ir para casa cedo. A sua performance permitiu à dupla entrar na liderança a quatro horas do final da corrida. Rindt obteve o seu primeiro grande sucesso, enquanto o 275 finalmente avariou-se com um diferencial partido, quando um mecânico levava o carro para a garagem.
Entretanto, Rindt dava início a uma longa ligação à Roy Winkelmann Racing, na Fórmula 2. Com a formação do americano, Rindt venceu os campeonatos britânicos e francês de Fórmula 2 em 1967, além de ser coroado “Rei da Fórmula 2”, vencendo um total de 29 corridas na disciplina. Foi aqui que o austríaco ganhou a sua fama de piloto insensível, andando sempre nos limites da mecânica, uma fama cujo auge chegou nos treinos para Indianápolis em 1967, quando saiu do carro após um despiste, com uma pulsação cardíaca perfeitamente normal. O sucesso na Fórmula 1 chegou tarde para alguém do seu talento. Mal apoiado na Cooper entre 1965 e 1967, ingressou numa pouca competitiva Brabham em 1968. O seu amigo, Bernie Ecclestone, tentou colocá-lo na recém-nascida March, em 1969, mas Rindt acabaria por assinar pela Lotus, onde finalmente provou o champanhe da vitória, na sua 50ª corrida no Campeonato do Mundo, o Grande Prémio dos Estados Unidos. No ano seguinte, Rindt conseguiria a consagração máxima mas nunca o iria saber. Tudo começou no Grande Prémio do Mónaco, onde o austríaco se recusou a correr no novo Lotus 72, preferindo o desactualizado mas confortável 49C. Iniciando a prova em ritmo de passeio, apenas começou a pressionar quando viu os seus adversários a abandonar, acabando por bater o seu ex-patrão Jack Brabham na última curva.
Em Monza, Rindt procurava garantir a vitória partindo da pole-position. Os seus travões falharam na Parabólica e Rindt bateu nos rails de protecção a alta velocidade. Sob fortes protestos de Jackie Stewart para que se apressassem, a equipa de socorro retirou calmamente o corpo do austríaco dos destroços, declarando-o morto na chegada ao hospital. O título chegou um mês depois, em Watkins Glen, quando Emerson Fittipaldi impediu Jacky Ickx de vencer.
(Fonte: www.autosport.aeiou.pt Notícias)
Fittipaldi começou a correr em carros Foórmula Ford, na Europa em 1969. Evoluiu rapidamente para a Fórmula 1, juntando-se ao Lotus durante a temporada de 1970. Ele acabou se tornando primeiro piloto depois da morte do companheiro Jochen Rindt em Monza e da desistência de John Miles. Ele realizou apenas cinco corridas naquele ano, na quarta, com o lendário Lotus 72, ganhou. A vitória, em Watkins Glen, garantiu o campeonato ao amigo morto, o primeiro após a morte.
(Fonte: www.gpexpert.com.br)